As exportações brasileiras em volumes recordes e a baixa oferta doméstica de animais prontos para o abate continuam sustentando os preços da arroba bovina. Em maio, o Indicador do boi gordo CEPEA/B3 teve média de R$ 201,21, sendo 0,82% acima da observada em abril e 24,7% superior à de maio do ano passado, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI). A média de maio foi, também, a terceira maior de toda a série mensal do Cepea (iniciada em 1994), atrás somente do recorde real de dezembro de 2019, de R$ 215,77, e de novembro de 2019, de R$ 208,33. Quanto às exportações, somaram 155,136 mil toneladas em maio, crescimentos de 33,4% frente ao volume de abril e de 28,2% em relação ao de maio de 2019, segundo dados da Secex. Trata-se, também, de quantidade recorde para um mês de maio.
SUÍNOS: DEMANDA CHINESA ELEVADA FAZ COM QUE EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS ATINJAM RECORDE
As exportações brasileiras de carne suína in natura atingiram em maio o maior volume de toda a série histórica da Secex, iniciada em 1997. Os embarques do mês passado totalizaram 90,7 mil toneladas, aumento de 44,1% frente ao resultado de abril e ainda 53,2% acima do volume verificado em maio de 2019. Segundo colaboradores do Cepea, a demanda chinesa seguiu sendo o principal motivo do incremento nos embarques brasileiros da proteína. A maior quantidade escoada e o alto patamar do câmbio resultaram em receita média obtida pelo setor também recorde, acima de R$ 1 bilhão pela primeira vez na história. Dessa forma, as exportações de carne suína in natura geraram R$ 1,2 bi, montante 50,7% maior que o de abril e mais que o dobro da receita obtida em maio de 2019. Vale ressaltar que um dos fatores que tem favorecido a carne suína brasileira no mercado internacional é a presença da Peste Suína Africana (PSA) em diversos países da Ásia, da Europa e África.
TOMATE: PREÇOS FECHAM MAIO EM QUEDA NOS ATACADOS
Na última semana de maio, o tomate salada longa vida 3A se desvalorizou mais uma vez nos atacados. Mesmo com as temperaturas mais baixas controlando a maturação, a colheita da safra de inverno tem aumentado cada vez mais a quantidade dos frutos no mercado. Além disso, a quarentena, devido à pandemia de covid-19, segue pressionando a demanda por tomates. Entre 25 e 29 de maio, a caixa de 18-20 kg foi comercializada no atacado paulistano, Rio de Janeiro, Belo Horizonte (MG) e Campinas (SP) com médias de R$ 32,61, R$ 41,22, R$ 31,43 e R$ 37,92, respectivamente, baixas de 15,65%, 14,18%, 13,30% e 13,81%, na mesma ordem.