Os preços do boi gordo seguem em queda. Segundo pesquisadores do Cepea, as desvalorizações têm sido explicadas pela maior oferta de animais no campo, devido às condições de pastagens, ao final da safra e ao tradicional efeito manada de produtores entregando seus animais receosos de quedas ainda maiores. No caso da carne negociada no atacado da Grande São Paulo, as cotações também estão em baixa. Pesquisadores do Cepea indicam que os preços da carne dependem do equilíbrio entre capacidade de consumo do brasileiro e o volume disponível. As exportações seguem em ritmo crescente, o que acaba evitando quedas ainda mais acentuadas nos valores da carne no mercado doméstico.
SUÍNOS: VIVO ENCERRA MAIO COM FORTE DESVALORIZAÇÃO
Os preços do suíno vivo caíram com força neste encerramento de maio, em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Dentre as praças monitoradas, as de Minas Gerais registraram as desvalorizações mais intensas. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão vem da oferta elevada e da demanda enfraquecida. Além disso, o feriado de Corpus Christi nessa quinta-feira, 30, reforçou a baixa liquidez – o menor número de dias úteis na semana reduz as escalas de abate de frigoríficos, resultando em diminuição das compras de novos lotes de animais. No mercado de carnes, pesquisadores do Cepea explicam que, diante da fraca procura, frigoríficos adotaram a estratégia de diminuir os preços, em busca de melhorar as vendas.
FRANGO: FRACA DEMANDA MANTÉM PREÇOS MENSAIS EM QUEDA
Os preços médios de quase todos os produtos de origem avícola acompanhados pelo Cepea devem encerrar maio abaixo dos verificados em abril. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão vem da demanda enfraquecida por carne de frango na maior parte do mês; houve pequena reação apenas na semana que antecedeu o Dia das Mães. Quanto aos cortes e miúdos, dentre os pesquisados pelo Cepea, a tulipa congelada foi a que mais se desvalorizou de abril para maio (até o dia 28), em significativos 7,9%, no atacado da Grande São Paulo. Já no mercado de pintainho de corte, a baixa oferta de animais e a demanda externa aquecida têm impulsionado as cotações.