A primeira quinzena de maio termina marcada por operadores recuados e intensificação da queda nos preços do boi gordo. Segundo colaboradores do Cepea, o aumento da oferta de animais, proporcionado pelas condições dos pastos, que vão sendo desfavorecidas pela proximidade da seca, gerou à indústria o alongamento das escalas de abate e a consequente diminuição da demanda. A retração de compradores foi preponderante para os lotes que visavam abastecer o mercado doméstico. Até o dia 15, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa do boi gordo acumulou baixa de 1,42%, fechando em R$ 138,50 na última terça, 15.
SUÍNOS: DIA DAS MÃES NÃO ELEVA DEMANDA E PREÇOS SEGUEM EM QUEDA
Apesar de o Dia das Mães ser, historicamente, uma das datas que mais impulsiona a demanda por produtos suinícolas e, consequentemente, que eleva os preços médios do animal vivo e da carne, neste ano, as vendas não decolaram e as cotações continuam enfraquecidas no mercado brasileiro. Segundo colaboradores do Cepea, a fraca demanda, tanto doméstica quanto internacional, tem dificultado o escoamento dos produtos suinícolas, afetando o desempenho do setor. Na primeira quinzena de maio/18, a carcaça especial suína negociada na Grande São Paulo teve média de R$ 4,89/quilo, desvalorização de 25% frente ao mesmo período do ano anterior, quando o produto era negociado a R$ 6,49/kg. Quanto ao animal vivo, também comercializado na Grande São Paulo, a média dos primeiros 15 dias deste mês foi de R$ 3,03/kg, enquanto no mesmo período do ano anterior foi de R$ 4,08/kg, 26% maior.
BATATA: SAFRA DAS ÁGUAS TERMINA COM RENTABILIDADE PRÓXIMA AOS CUSTOS
A colheita da safra das águas 2017/18 está praticamente encerrada. A temporada teve preço médio de R$ 45,66/sc de 50 kg entre dezembro e abril, valor 2,4% acima dos custos de produção, que fecharam em R$ 44,55/sc no mesmo período. Conforme pesquisadores do Hortifruti/Cepea, no início da temporada (dezembro e janeiro), os preços estavam mais elevados, devido à redução de área na temporada das águas. Mesmo assim, alguns produtores não conseguiram cobrir os custos de produção, pois o excesso de chuvas durante o plantio reduziu a produtividade e a qualidade dos tubérculos, principalmente no Paraná e no sul de Minas Gerais. Na Chapada Diamantina (BA) e em Guarapuava (PR), porém, produtores conseguiram um bom retorno financeiro no período. Já entre fevereiro e maio, quando o Cerrado Mineiro, Guarapuava e Água Doce (SC) são as principais regiões fornecedoras de batata, os valores caíram, visto que, nesse período, a redução de área foi pequena. Além das cotações pouco atrativas, alguns bataticultores que colheram nessa época também tiveram problemas com a produção, o que elevou os custos. As chuvas reduziram a qualidade dos tubérculos em muitas praças e influenciaram a alta incidência de nematoides no Cerrado Mineiro.