Os preços da arroba bovina seguem firmes no mercado doméstico. Na parcial deste mês (até o dia 24), o Indicador do boi gordo CEPEA/B3 (à vista, estado de São Paulo) registra alta de 7%, fechando a R$ 218,95 nessa quarta-feira, 24. Segundo pesquisadores do Cepea, no geral, a manutenção dos preços do boi gordo em torno de R$ 200 ao longo deste primeiro semestre tem como sustentação a menor oferta de animais prontos para abate, além, é claro, da aquecida demanda internacional. A menor disponibilidade de animais no mercado doméstico, por sua vez, tem sido confirmada por dados oficiais sobre abate. Quanto às exportações de carne in natura, na parcial deste mês (até a terceira semana de junho), já somam 107,19 mil toneladas, segundo dados da Secex. Se o atual ritmo de embarques diário for mantido até o encerramento deste mês, as vendas externas podem totalizar 160 mil toneladas.
SUÍNOS: COMERCIALIZAÇÃO DA CARNE MAIS AQUECIDA MANTÉM PREÇOS EM ALTA
A comercialização da carne suína está mais aquecida neste mês, o que tem mantido em alta os preços da proteína no atacado da Grande São Paulo – o movimento de recuperação vem sendo observado desde maio, de acordo com pesquisas do Cepea. O aumento nas cotações da carcaça suína, inclusive, tem sido mais intenso que o observado para a substituta, a carne bovina, fator que diminuiu a competitividade do produto suinícola. Já na comparação com a proteína de frango, também houve perda de competitividade da carne suína. No mercado suinícola, pesquisas do Cepea apontam que as demandas interna e externa aquecidas têm elevado as cotações. No geral, a reabertura – ainda que parcial – do comércio doméstico e as aquecidas compras por parte da China impulsionam as vendas. Para carne de frango, apesar de as exportações perderem o ritmo em junho, as vendas domésticas estão aquecidas. Para carne bovina, a queda no poder de compra da população, devido à atual crise por causa da pandemia de coronavírus, tem limitado a liquidez de alguns produtos com valor mais agregado.