O Indicador ESALQ/BM&FBovespa do boi gordo segue em queda em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea, refletindo a insegurança do mercado frente às recentes prisões de executivos da principal indústria do setor. No acumulado do mês (até o dia 27), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa do boi gordo recuou 1,29%, fechando a R$ 141,11 nessa quarta-feira, 27. No Rio Grande do Sul, especificamente, os preços caíram 1,3% no período, com média de R$ 9,15/kg nessa quarta. Segundo colaboradores do Cepea, as expressivas desvalorizações no estado sul-rio-grandense refletem o aumento da oferta de animais, devido à necessidade de liberação de áreas para o plantio de soja onde se pratica a integração lavoura-pecuária.
SUÍNOS: MELHORA NA COMPETITIVIDADE GARANTE MAIOR LIQUIDEZ À CARNE SUÍNA
A carne suína ganhou competitividade em setembro, devido ao aumento nos preços das principais concorrentes, bovina e frango, durante o mês. Esse cenário também melhorou a liquidez da proteína suína no mercado doméstico. Na média parcial deste mês (até o dia 27), a carcaça especial suína esteve 2,01 reais/kg mais barata que o dianteiro bovino na Grande São Paulo. Essa diferença entre os valores está 49,2% maior que em agosto, quando foi de 1,35 real/kg. Na comparação com o frango resfriado, a carcaça suína esteve 2,65 reais/kg mais cara, queda de 11,1% na mesma comparação.
BANANA: EXPORTAÇÕES RECUAM 61% NA PARCIAL DE 2017
Os embarques brasileiros de banana recuaram 61% de janeiro a agosto deste ano, frente ao mesmo período de 2016, totalizando 23,2 mil toneladas. Apesar dos baixos preços praticados no mercado interno, os embarques diminuíram significativamente em meados de 2017, refletindo a baixa qualidade da fruta e a menor competitividade frente aos grandes players mundiais da exportação de banana. Além disso, Bolívia e Paraguai vêm abastecendo o Mercosul com preços mais competitivos. Segundo pesquisadores do Hortifruti/Cepea, as exportações brasileiras de banana devem encerrar 2017 em baixos patamares, já que as praças exportadoras têm previsão de redução da oferta de nanica (variedade mais exportada), o que pode impulsionar as cotações da variedade no mercado interno nos próximos meses e limitar as vendas ao mercado externo, devido à atratividade dos preços no Brasil.