Os preços do boi gordo levantados pelo Cepea seguem registrando ampla diferença entre os patamares mínimos e máximos. Essa dispersão está atrelada às necessidades de aquisição. Enquanto alguns frigoríficos continuam com escalas alongadas, sem emergência na compra de novos lotes, outros, com escalas menores, acabam pagando preços mais elevados. Além disso, as distintas características dos lotes disponíveis no mercado também influenciam os valores negociados. Nesse cenário, o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa tem registrado pequenas oscilações no correr de novembro, mas o movimento no acumulado é de alta. Desde o início de novembro, o Indicador registra aumento de 0,79%, fechando a R$ 146,30 nessa quarta-feira, 28.
SUÍNOS: PREÇO DO FRANGO SOBE E FAVORECE COMPETITIVIDADE DA CARNE SUÍNA
Os preços das três carnes mais consumidas no Brasil (bovina, suína e de frango) têm apresentado seguidas recuperações no correr deste segundo semestre, de acordo com pesquisas do Cepea. Em novembro, o movimento de alta nas cotações das proteínas segue firme, mas em diferentes intensidades. Com isso, considerando-se as três proteínas negociadas no atacado da Grande São Paulo, verifica-se que a carne suína tem perdido a competitividade frente à bovina, mas aumentado a vantagem em relação ao frango. Vale ressaltar que o aumento nos preços da carne suína se deve à redução na oferta de animais para abate, em decorrência da saída de produtores da atividade, e ao melhor desempenho das exportações brasileiras da proteína.
BANANA: ATRASO NA ADUBAÇÃO AFETA QUALIDADE
Com o atraso nas adubações, a qualidade da banana deve continuar em queda nos próximos meses. Esse cenário se deve ao dólar elevado, visto que a maioria dos produtos utilizados é importado. Assim, algumas pencas ficaram mais finas, desvalorizando a fruta. Por outro lado, aqueles produtores que conseguiram realizar a adubação em outubro podem conseguir resultados melhores, levando em conta também que o volume de chuvas aumentou em parte das praças consultadas pelo Cepea nesse período, ajudando no processo de absorção dos nutrientes do solo. Para o início de 2019, produtores se mostram preocupados com a possibilidade de aumento dos custos, visto que, além do câmbio em patamar elevado, o clima mais chuvoso durante a "safra de nanica" pode impulsionar a necessidade de pulverizações. O aumento da umidade no início do ano também pode favorecer a incidência de doenças fúngicas nas roças, como a famosa sigatoka amarela.