BOI – O Indicador ESALQ/BM&FBovespa do boi gordo acumulou queda de 1,14% em março, fechando a R$ 143,50 no dia 29. A média do mês, de R$ 144,80, esteve bem próxima da de fevereiro (R$ 145,09) e da de janeiro (R$ 146,53), mostrando a relativa estabilidade nos preços do boi gordo neste primeiro trimestre do ano. De modo geral, a oferta de animais foi baixa, mas, como as vendas no mercado atacadista não se aqueceram de forma expressiva, a compra de novos lotes para abate ocorreu de forma limitada.
EXPORTAÇÃO – Com o consumo doméstico ainda enfraquecido, o mercado externo continua sendo um importante canal de escoamento da carne bovina brasileira neste ano e, consequentemente, um fator de sustentação aos preços internos da arroba do boi. De janeiro a março de 2018, o volume de carne bovina in natura exportado e a receita obtida com as vendas foram recordes para um primeiro trimestre.
De acordo com dados da Secex, foram exportadas 319,05 mil toneladas de carne bovina in natura de janeiro a março deste ano, 20,55% acima do volume verificado no mesmo período do ano passado. Quanto à receita, em moeda nacional, somou R$ 4,217 bilhões no período, 24,09% a mais que a obtida de janeiro a março de 2017. Em dólar, o montante foi de US$ 1,299 bilhão, 20,14% maior que o do primeiro trimestre do ano passado.
Em março, especificamente, as exportações somaram 121,4 mil toneladas, sendo o maior volume já embarcado pelo Brasil em um mês de março. É, também, a maior quantidade desde agosto de 2017, quando o País enviou ao exterior 123,1 mil toneladas da carne. O volume de março supera em 17% o do mês anterior e em 23,6% o de março/17, ainda de acordo com a Secex. A receita em Reais foi de R$ 1,57 bilhão, alta mensal de 24,03% e anual de 25,07%. Em dólar, o montante foi de US$ 481,65 milhões, aumento de 22,7% em relação a fevereiro/18 e de 19,34% frente a março/17.
CARNE – Nestes primeiros meses de 2018, a carne de boi perdeu competitividade frente às principais proteínas substitutas, a de frango (carne resfriada) e a suína (carcaça especial). Esse cenário se deve à firmeza nos valores da carcaça casada do boi e às fortes quedas nas cotações das carnes de frango e suína. A média da carcaça casada de março, de R$ 9,55/kg, foi 2,75% abaixo da de fevereiro. Os preços médios do traseiro e da ponta de agulha foram 5,04% e 0,38% inferiores aos do mês anterior, a R$ 11,48/kg e a R$ 7,78/kg, respectivamente. Já o dianteiro avançou 1,17% no mesmo comparativo, com média de R$ 7,77/kg em março. A carcaça casada da vaca registrou queda de 2,12% na média, a R$ 8,78/kg.
REPOSIÇÃO – As negociações seguiram lentas em março, mas os valores, firmes. O Indicador do bezerro ESALQ/BM&FBovespa (Mato Grosso do Sul) teve média de R$ 1.191,31, alta de 0,69% em comparação à de fevereiro. Em São Paulo, a média permaneceu praticamente estável, a R$ 1.215,43.