O estreitamento de margens, comum na pecuária, foi menos intenso em 2013.
Veja a figura 1. Selecionamos os principais produtos utilizados na terminação de bovinos, para identificar como o preço deles se comportou em relação ao mercado do boi gordo.
No grupo alimentos, milho, farelo de soja e um suplemento mineral padrão, com 80 gramas de fósforo, foram considerados.
Superfosfato simples, o adubo formulado 20-00-20, sementes de capim Marandú e Mombaça e o herbicida glifosato, compõe a categoria de produtos para pastagem.
Para sanidade, foi usado o endectocida ivermectina.
Figura 1. Variação dos preços da arroba do boi gordo e dos insumos usados na atividade.
Note que dos oito insumos selecionados, cinco deles variaram abaixo do preço da arroba.
Os fertilizantes, por exemplo, que compõe entre 30,0% e 35,0% do custo para formação do pasto, quando variaram, foram quase sempre com quedas de preço.
Dentre os que “tiraram” margem do pecuarista, destaque para a suplementação mineral, já que este deve ser utilizado o ano todo. Somente na entressafra, a partir de setembro, é que o preço do boi gordo “buscou” a variação do mercado de suplementos minerais.
Com relação aos alimentos concentrados, milho e farelo de soja não incomodaram em 2013 como vinha ocorrendo em anos anteriores. Entre janeiro e abril, a cotação do boi gordo subiu 2,67% e o preço do farelo caiu 29,5%.
O preço do milho caiu durante todo o ano.
Para o produtor de leite, a situação foi praticamente a mesma observada na pecuária de corte. Veja figura 2.
Figura 3. Variação dos preços do leite e dos insumos usados na atividade.
Por fim, este ano com o preço dos insumos de produção variando abaixo da variação da cotação da arroba do boi gordo, o quadro foi favorável para a produção, considerando esses aspectos. É sempre bom para o meio rural quando o preço do produtos final paga o custo deixa lucro.
Alex Lopes da Silva
Zootecnista e consultor da Scot Consultoria