Por Raphael Poiani e Felipe Fabbri
Na última terça-feira dia 8/2, o anúncio de férias coletivas de um grande frigorífico do estado, resultou no aumento considerável das escalas de outros frigoríficos.
Esse cenário permitiu que as indústrias locais abrissem o mercado lançando até R$20,00/@ a menos da atual referência, afastando os pecuaristas dos balcões de negócios. A referência segue estável (11/2), com poucos negócios ainda nos atuais patamares, mas, para os próximos dias, a pressão de baixa no estado deve ganhar corpo, acompanhando o cenário atual.
Diante disso, o governo do estado divulgou ontem (10/2) o Decreto Nº 10.994, autorizando a redução na base de cálculo do ICMS em 80% na comercialização com boi e vaca gordos para abate, destinadas aos estados do Amazonas, Rondônia e Roraima.
O decreto já está em vigor.
São Paulo
A semana termina com as cotações estáveis nas praças paulistas, com o escoamento no mercado doméstico sem força somado à menor oferta de bovinos terminados no estado.
O ágio para bovinos com destino à exportação chega a R$15,00/@.
Pesquisa Trimestral de Abate
No 4º trimestre de 2021, foram abatidas 6,77 milhões de cabeças de bovinos, queda de 8,2% em comparação com o mesmo período de 2020 e de 2,5% em relação ao trimestre anterior.
Foram produzidas 1,87 milhão de toneladas de carcaças bovinas no 4º trimestre de 2021, retração de 5,7% em relação ao 4º trimestre de 2020 e redução de 0,8% frente ao 3º trimestre de 2021.
Situação no mercado do boi e expectativas para a segunda quinzena de fevereiro
Mercado trabalhou pressionado na maior parte das praças pecuárias em meio ao aumento de oferta típico do período de safra e consumo doméstico compassado. Nas praças onde há exportação, o cenário foi de preços estáveis à alta, mas, o câmbio em patamares elevados poderá impactar a situação em curto prazo.