Por Felippe Reis e Marina Zaia
A queda de preço ao longo da segunda quinzena deste mês reduziu o volume de negócios no estado. A pastagem em boa condição permite aos pecuaristas reter os animais na fazenda, aguardando por preços melhores.
A baixa oferta de boiadas mantém parte das indústrias com escalas enxutas (um a dois dias). Nestes casos, os frigoríficos com programações curtas ofertaram preços maiores na última quinta-feira (30/1).
Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo, o boi gordo ficou cotado em R$190,50/@, bruto, R$190,00/@, com o desconto do Senar e R$187,50/@, livre de impostos (Senar e Funrural).
A alta foi de 0,3% na comparação dia a dia. Entretanto, na comparação com o início da segunda quinzena, o preço recuou 2,3%, o que equivale a R$4,50 a menos por arroba.
Mercado do boi mais firme
De um lado, tivemos a resistência das indústrias em pagar mais pelo boi devido ao lento escoamento de carne bovina no varejo. Por outro lado tivemos o pecuarista com baixo interesse em negociar nos preços ofertados pelos frigoríficos, já que as chuvas trouxeram boa capacidade de suporte para as pastagens. A associação disto às escalas curtas das indústrias e a expectativa de escoamento melhor no varejo nos próximos dias, o mercado do boi pode ganhar sustentação.