Normalmente, com a capitalização da população no início do mês, os frigoríficos estariam se preparando para a melhora sazonal das vendas, o que permitiria fôlego para o mercado do boi gordo.
Mas o mercado, por enquanto, segue travado. Este entrave acontece porque as indústrias não precisam intensificar a busca por matéria prima e em resposta, o pecuarista prefere reter o gado, já que há capacidade de suporte dos pastos.
Exemplo disto é a praça de São Paulo, que iniciou março com queda no preço da arroba. A cotação ficou em R$145,00, à vista, livre de Funrural, na última sexta-feira (2/3). Vale destacar que houve ofertas de compra abaixo da referência, mas nesses patamares o pecuarista prefere não entregar o gado.
Em curto prazo a aposta de melhora do consumo no início do mês pode dar sustentação ao preço do boi gordo, entretanto, analisando um horizonte maior, março é um mês em que, tipicamente, há maior desova de fêmeas e este aumento de oferta pode pressionar as referências. Portanto, estratégia de retenção deve ser bem avaliada.
Demanda ditará os preços no mercado do boi gordo em curto prazo
A melhora do consumo no início do mês pode dar sustentação ao preço do boi gordo, entretanto analisando um horizonte maior, março é um mês em que, tipicamente, há maior desova de fêmeas e este aumento de oferta pode pressionar as referências. Portanto, estratégia de retenção deve ser bem avaliada.
Por Marina Malzoni e Rafael Ribeiro (Scot Consultoria)