Na maioria das praças pesquisadas, o primeiro dia efetivo de negociação no mercado do boi gordo acompanhou o esperado pós período de festividades: calmaria. No entanto, em algumas regiões houve mudanças e o mercado ganhou força na última quinta-feira (7/3), mas por fatores específicos.
Na região Sul da Bahia as chuvas estão escassas há mais de 30 dias e a dificuldade de encontrar oferta de animais terminados em bons volumes pressionou para cima o preço da arroba.
Já no Pará a reação positiva nos preços se deu pelas condições climáticas no estado. O excesso de chuvas degradou as rodovias e atrapalhou o tráfego dos caminhões boiadeiros, o que tem dificultado/impedido o transporte do gado até os frigoríficos.
Em São Paulo, as ofertas de compra para o boi gordo não sofreram alterações quando comparadas às de antes do Carnaval (1/3).
Contudo, as expectativas são de mercado positivo, já que o intervalo dos abates/negociações dos últimos dias encurtou as escalas de abates (as programações dos frigoríficos paulistas atendem, em média, a três dias).
Com os estoques mais enxutos de carne bovina, a expectativa é que a pressão de compra das indústrias aumente, o que poderá gerar preços maiores para a arroba em curto prazo.
Volta do mercado do boi gordo pós carnaval
Depois de uma lacuna nas negociações, o mercado iniciou as compras de maneira comedida, mas a expectativa é de movimentações maiores conforme a segunda semana do mês se aproxima.
Por Marina Zaia (Scot Consultoria)