A oferta de boiadas está curta, cenário que já vinha ocorrendo e foi intensificado na última sexta-feira (10/9), dia da semana tipicamente parado.
Existem empresas pagando valores acima da referência e os frigoríficos têm sido mais ativos nas negociações, no que diz respeito a ligar para possíveis vendedores. Isto demonstra o cenário de disponibilidade atual.
As programações de abate em São Paulo atendem em torno de três dias, com alguns casos de escalas mais confortáveis. As cotações de referência subiram no estado.
De toda forma, temos a questão da margem de comercialização da indústria, que continua em patamar historicamente baixo e limita as valorizações, mesmo sem boa oferta de boiadas.
No mercado atacadista o escoamento segue ruim. Ao longo da última semana, a cotação do boi casado cedeu 2,5% e tem sido negociado por R$8,56/kg.
Mercado do sebo fraco
Segundo levantamento da Scot Consultoria, no Brasil Central e no Rio Grande do Sul o sebo está cotado em R$2,35/kg e R$2,45/kg, respectivamente. Os preços cederam em ambas as praças, com quedas semanais de 2,1% e 2,0%, na sequência.
Com o frio a demanda pelo sebo diminui, devido a questões técnicas na produção do biodiesel, o que colabora com a queda verificada.
A demanda por produtos de higiene pessoal e limpeza também é menor neste período.
Para os próximos dias a perspectiva é de que a demanda por sebo continue lenta e podem ocorrer recuos.
Por Hyberville Neto e Felippe Reis (Scot Consultoria)