Passados os primeiros sete meses do ano, as exportações brasileiras de carne bovina seguem registrando desempenho recorde, tanto em termos de volume quanto de receita. E esse contexto global se soma ao Real desvalorizado frente ao dólar, mantendo a carne brasileira competitiva no mercado internacional. De janeiro a julho, segundo dados da Secex, os embarques de carne bovina in natura totalizaram 946,67 mil toneladas, 17,2% superiores aos dos sete primeiros meses de 2019 e um recorde para o período. Em julho, especificamente, as exportações brasileiras de carne in natura somaram 169,24 mil t, apenas 0,73% abaixo do recorde verificado em outubro/19. Essa quantidade embarcada no mês passado foi 11% maior que a de junho e 31,2% acima da de julho do ano passado, ainda com base nos dados da Secex. No mercado interno, sustentados pelo bom desempenho das exportações e pela baixa oferta de animais prontos para o abate, os preços do boi gordo seguem firmes no mercado brasileiro, segundo pesquisadores do Cepea.
SUÍNOS: EXPORTAÇÃO EM RITMO INTENSO FAZ COM QUE COTAÇÃO INTERNA RENOVE AS MÁXIMAS
Após registrar recorde em maio, os embarques de carne suína in natura, atingiram, em julho, o segundo maior volume de toda a série histórica da Secex, iniciada em 1997. No último mês, o Brasil exportou 90,2 mil toneladas de carne suína, apenas 500 toneladas a menos do que em maio. Com as exportações elevadas, as cotações do suíno vivo no mercado doméstico seguem em alta neste começo de agosto, renovando as máximas nominais na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea e chegando nos recordes reais, em outras. O alto volume exportado tem elevado a demanda da indústria nacional por suínos no mercado independente, limitando ainda mais a oferta de animais para abate e reforçando o movimento de alta nos preços, que vem sendo verificado desde meados de julho.