Colaboradores do Cepea esperavam que, em 2018, as cotações da arroba e da carne de boi se recuperassem, baseados em projeções que indicavam uma retomada da economia brasileira. Neste primeiro quadrimestre do ano, porém, as cotações seguem sem reação, conforme indicam dados do Cepea. O alento tem sido as exportações de carne in natura, que registram bom desempenho. Assim, para a arroba do boi gordo, enquanto as vendas externas ainda conseguem sustentar os preços no acumulado parcial deste ano, para a carne, a demanda interna ainda enfraquecida resulta em movimento de baixa de preço um pouco mais intenso. Do começo do ano até essa quarta-feira, 18, o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa (estado de São Paulo) variou pouco, registrando mínima de R$ 143,00 (em 28 de março) e máxima de R$ 148,70 (em 10 de janeiro), acumulando ligeira queda de 1,5%. Já para a carne negociada no mercado atacadista da Grande São Paulo, desde o começo do ano, a carcaça casada do boi se desvalorizou 7,8%, de acordo com levantamentos do Cepea.
MAMÃO: PREÇO DO HAVAÍ CAI COM FORÇA NA ROÇA
Com leve aumento no volume disponível, o mamão havaí voltou a se desvalorizar fortemente na semana passada. Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, a comercialização restrita, devido aos elevados preços em períodos anteriores, também motivou esse cenário. Isso porque sobras da fruta foram observadas tanto nas lavouras quanto nos centros consumidores (Sul e Sudeste), pressionando as cotações. Na semana passada, a variedade havaí foi comercializada a R$ 1,35/kg, em média, no sul da Bahia, valor 62% inferior ao da semana anterior. Alguns produtores, inclusive, colocaram frutas de até R$ 0,70/kg no mercado. Houve relatos de que o leve aumento da disponibilidade ocorreu nas regiões do norte do Espírito Santo e no sul da Bahia, mas foram pontuais.