BOI: EXPORTAÇÃO SEGUE ELEVADA E VOLUME DA PARCIAL DE 2019 É RECORDE
Conforme já esperado por agentes do setor, as exportações brasileiras de carne bovina in naturavêm se mantendo firmes neste ano. Em julho, os embarques da proteína estiveram acima das 100 mil toneladas pelo 13º mês consecutivo, se aproximando do resultado obtido entre maio de 2006 e junho de 2007, quando o País manteve as vendas superiores a esse patamar por 14 meses seguidos. Diante disso, de janeiro a julho deste ano, a quantidade exportada pelo Brasil somou 807,78 mil toneladas, um recorde para o período, 21,5% acima do volume embarcado nos sete primeiros meses de 2018 e 1,47% superior ao exportado entre janeiro e julho de 2007 (agora, o segundo melhor ano), conforme dados da Secex. Em julho, especificamente, o volume de carne bovina in naturaexportado somou 129,09 mil toneladas, avanço de 15,76% frente a junho/19, mas pequena retração de 1,35% frente ao mesmo mês de 2018. Julho deste ano registrou, também, o melhor desempenho mensal desde novembro do ano passado, quando 130,6 mil toneladas foram exportadas (Secex).
SUÍNOS: QUANTIDADE DE CARNE IN NATURA EXPORTADA É RECORDE PARA UM MÊS DE JULHO
Apesar da redução de 12% na média diária de embarques de junho para julho e da leve queda de 0,4% no preço pago pela carne suína in natura brasileira no mercado externo, o bom desempenho das exportações no último mês foi favorecido pelo maior número de dias úteis no período: 23, contra 19 em junho. As exportações brasileiras de carne suína in natura registraram, em julho, o melhor resultado para o mês, considerando-se toda a série histórica da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), iniciada em janeiro de 1997. Em julho, foram embarcadas 59,8 mil toneladas da proteína, aumento de 7% em relação ao mês anterior e 5% acima do volume exportado no mesmo período do ano passado. Colaboradores do Cepea têm expectativa de que as exportações brasileiras de carne suína continuem aquecidas nos próximos meses, fundamentados nos casos de Peste Suína Africana (PSA), que continuam sendo notificados em diversas regiões do mundo.
LEITE: CEPEA FOCARÁ NO PREÇO LÍQUIDO DO LEITE AO PRODUTOR A PARTIR DE 2020
Buscando aperfeiçoar sua metodologia, a pesquisa do leite ao produtor do Cepea passará a focar, a partir de 2020, no preço líquido negociado. A ideia é explicitar aos agentes de mercado que o preço acompanhado se refere apenas ao valor recebido pelos produtores, sem adição de frete e impostos, facilitando, assim, a comparação e análise das informações. Atualmente, o Cepea calcula tanto o preço líquido, que não contém frete e impostos, quanto o preço bruto, que contém frete e impostos. Tendo em vista a grande heterogeneidade nas condições de frete e impostos no Brasil, a presença dessas duas variáveis exógenas ao preço do leite pode dificultar a comparação entre médias das diferentes regiões. Por esse motivo, decidiu-se por interromper o cálculo do preço bruto no ano que vem. É importante ressaltar que, devido à natureza dinâmica dos mercados, mudanças de metodologias ou alterações nas divulgações de dados do Cepea podem ocorrer, sendo aconselhável, portanto, que os agentes de mercado estejam precavidos desses aspectos ao utilizar os dados em suas negociações.
TOMATE: RENTABILIDADE DO 1º SEMESTRE SUPERA A DO MESMO PERÍODO DE 2018
A rentabilidade da tomaticultura foi maior no primeiro semestre deste ano do que no mesmo período do ano passado. Apesar dos preços baixos no início de janeiro (ocasionados pelo calor intenso, que elevou a oferta do fruto), as cotações subiram expressivamente nos meses seguintes. Em abril/19, por exemplo, a caixa do tomate salada 2A teve preço médio de R$ 82,72, valor 93% superior ao do mesmo mês do ano passado (em termos nominais). Assim, a região de Itapeva (SP), que fechou o mês de janeiro no vermelho, conseguiu finalizar sua safra com 30% de rentabilidade média positiva. No entanto, mesmo com os bons resultados da safra de verão, cuja colheita foi finalizada em maio, o destaque ainda fica para as praças da safra de inverno, que ofertam tomates a preços mais elevados. Entre abril (início da temporada de inverno) e junho, o preço médio do tomate salada 2A foi de R$ 76,73/cx. Em Sumaré (SP), a primeira parte da safra terminou com rentabilidade bastante positiva: de 60%. Neste início de segundo semestre, o resultado não vem sendo diferente. Em julho, as cotações do tomate salada fecharam o mês com média de R$ 54,93/cx, 50% acima das estimativas de custo de produção. Nesses primeiros dias de agosto, os valores também vêm se mantendo em patamares superiores aos custos de produção, refletindo a menor oferta ocasionada pela redução das áreas cultivadas associada à menor produtividade em todas as safras (tanto de verão quanto de inverno e anual).