Os embarques de carne bovina in natura registraram boa performance no primeiro mês do ano, cenário que colaborou para a sustentação dos valores da arroba no mercado brasileiro, de acordo com pesquisadores do Cepea. Em janeiro deste ano, o volume total de carne embarcada foi de 102,4 mil toneladas, elevação de 2,9% na comparação com o mesmo mês de 2018, segundo informações da Secex. A receita, porém, recuou no mesmo período, 9,84% (Secex). No mercado interno, dados do Cepea indicam que, no acumulado de janeiro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa do boi gordo recuou apenas 0,07%, fechando a R$ 153,30 no dia 31.
SUÍNOS: EMBARQUES ENFRAQUECIDOS E BAIXA LIQUIDEZ MANTÊM QUEDAS
O baixo consumo doméstico e o recuo das exportações de carne suína em janeiro, tipicamente observados neste período do ano, influenciaram as quedas nos preços do animal vivo e da carne nas regiões acompanhadas pelo Cepea. De acordo com informações da Secex, o total de carne embarcado pelo Brasil no primeiro mês de 2019 recuou fortes 15% na comparação com dezembro, totalizando 46,7 mil toneladas. No mercado interno, o suíno vivo foi negociado a R$ 3,86/kg na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) em janeiro, valor 2,3% inferior ao de dezembro. Quanto às carnes, negociadas no atacado da Grande São Paulo, as desvalorizações foram ainda maiores. A carcaça especial suína teve preço médio de R$ 6,06/kg e a comum, de R$ 5,75/kg, com respectivas quedas de 4,4% e 2,5% em relação a dezembro.
UVA: MERCADO NORDESTINO TEM BAIXO MOVIMENTO
O mercado de uva do Vale do São Francisco (PE/BA) esteve praticamente parado na última semana de janeiro, de acordo com informações do Hortifruti/Cepea. Com poucas frutas na região e demanda desaquecida no final do mês, produtores enfrentaram dificuldades nas negociações. Além disso, as uvas finas de Pilar do Sul e São Miguel Arcanjo (SP) estão com preços mais competitivos por estarem mais perto dos centros de distribuição, incorporando menos custos logísticos, e por chegarem às prateleiras mais frescas do que as uvas do Nordeste. Além disso, o maior volume de uvas chilenas e peruanas no Brasil tem dificultado os envios do Vale (SA:VALE3) para outras regiões.