As exportações brasileiras mensais de carne bovina in natura completaram, em junho, três anos de embarques acima de 100 mil toneladas. Segundo pesquisadores do Cepea, esse desempenho evidencia a consolidação desse novo patamar, além de indicar que a produção pecuária nacional precisa seguir investindo em tecnologia – que resulte em aumento de produtividade – para conseguir suprir a demanda internacional e também a um possível reaquecimento da procura interna. Pesquisadores do Cepea ressaltam que, mesmo com o Real se valorizando frente ao dólar nas últimas semanas, a carne bovina brasileira segue competitiva no mercado internacional. Além disso, restrições de exportações de outros países – como na Austrália, devido ao baixo número de rebanho, e na Argentina, em decorrência de embargos – possibilitam que as vendas brasileiras se mantenham aquecidas.
SUÍNOS: VENDAS INTERNAS ESTÃO FRACAS, MAS AS EXTERNAS, INTENSAS
O mercado interno de suíno está mais enfraquecido neste começo de mês, diferentemente do aguardado pelo setor para este período, quando geralmente a liquidez se aquece. Segundo pesquisadores do Cepea, como as vendas domésticas de carne suína estão lentas, a demanda de frigoríficos por novos lotes de animais de produção independente também se retrai. Nesse contexto, os preços do animal vivo e da carne estão caindo com certa força em todas as praças acompanhadas pelo Cepea. Já as vendas externas seguem intensas. Em junho, os embarques de carne suína (in natura, salgados e industrializados) atingiram o segundo maior volume da história, atrás somente do recorde alcançado em março de 2021. Pesquisadores do Cepea indicam que o principal motivo desse avanço segue sendo os envios à China.