O bom ritmo das exportações tem sustentado os valores domésticos do boi gordo e da carne bovina no mercado atacadista da Grande São Paulo. No geral, o Cepea verifica que, diante do atual cenário de incertezas por conta da pandemia de coronavírus, muitos operadores estão negociando com cautela, vendendo e adquirindo novos lotes de animais quando há maior necessidade. Entre 30 de abril e 6 de maio, o Indicador do boi gordo CEPEA/B3 subiu 0,55%, fechando a R$ 199,95 nessa quarta-feira, 6. Quanto aos embarques de carne bovina in natura, segundo dados da Secex, foram exportadas 122,1 mil toneladas de carne bovina in natura nos 21 dias úteis de abril. Apesar de esse volume ser 3% inferior ao de março/2020, ficou 11,2% acima da quantidade de abril do ano passado. Trata-se, também, da maior quantidade já embarcada pelo Brasil em um mês de abril. Com isso, o volume exportado de janeiro a abril de 2020 somou 475,63 mil toneladas, também um recorde para o período, de acordo com dados da Secex.
SUÍNOS: DEMANDA REAGE EM MAIO E PREÇO DO VIVO SOBE
A liquidez dos produtos de origem suinícola no mercado doméstico tem se recuperado um pouco neste início de maio. Segundo colaboradores do Cepea, o aumento da procura de redes atacadistas e varejistas para reposição de estoques tem elevado o ritmo de negócios e, consequentemente, os preços do animal vivo. Quanto às exportações, em abril, os embarques de carne suína in natura seguiram aquecidos, ao contrário das negociações observadas no mercado doméstico naquele mês. A demanda chinesa por carne tem sido o principal propulsor das vendas brasileiras, uma vez que o país asiático é o maior destino da proteína suína nacional. Segundo dados da Secex, a média diária de embarques em abril foi de 3,1 mil toneladas, alta de 9% frente ao de março. No total de abril, foram exportadas 62,9 mil toneladas de carne suína, leve recuo de 0,6% frente ao resultado de março (devido ao menor número de dias úteis), mas incremento de 17,5% na comparação com abril de 2019.