O valor médio do boi magro negociado no estado de São Paulo está em R$ 3.552,12/cabeça na parcial deste mês de abril (até o dia 18), com quedas de 2% no acumulado deste ano e de expressivos 11,14% frente à de abril de 2022. Segundo pesquisadores do Cepea, os valores foram pressionados sobretudo pela maior disponibilidade de animais e também por incertezas relacionadas ao mercado, que limitaram a demanda de pecuaristas por novos lotes. Para os próximos meses, parte dos agentes acredita que os preços do boi magro podem seguir enfraquecidos, fundamentados na possível maior oferta, por conta dos investimentos realizados pelo setor pecuário nacional entre 2020 e 2022. Esse cenário evidencia que o uso de terminação intensiva é atualmente uma alternativa atraente para pecuaristas, já que o boi magro representa, em média, cerca de 60 a 70% do custo de produção de confinamentos, de acordo com cálculos do Cepea. Por outro lado, além do preço do boi magro, pecuaristas terminadores também precisam ficar atentos aos valores de outros importantes insumos, como os grãos, e aos valores futuros de venda do boi gordo.
FRANGO: CARNE DE FRANGO GANHA COMPETITIVIDADE FRENTE À BOVINA
Os preços da carne de frango se enfraqueceram nesta parcial de abril frente aos de março, enquanto os da proteína suína caíram com um pouco mais de força, e os da bovina registraram leve avanço. No mercado atacadista da Grande São Paulo, o frango inteiro resfriado se desvalorizou, influenciado pelas vendas enfraquecidas neste início de segunda quinzena. Para a carne suína, a queda no preço está atrelada à baixa liquidez nos atacados, o que leva frigoríficos a diminuírem o ritmo de aquisições de novos lotes. Além disso, o feriado de Tiradentes nesta sexta-feira, 21, reforça a menor demanda por animais, tendo em vista que frigoríficos trabalham com menos dias de abate. No caso da carne bovina, as cotações da carcaça casada seguem firmes. Nesse cenário, a competitividade da carne de frango tem caído frente à suína, mas aumentado em relação à bovina, visto que seu preço se aproximou do da proteína suinícola, mas se distanciou do da bovina.
SUÍNOS: VIVO SE DESVALORIZA, E PODER DE COMPRA DO SUINOCULTOR CAI
Apesar das fortes desvalorizações dos principais insumos consumidos na atividade suinícola (milho e farelo de soja), o preço do suíno vivo negociado no mercado independente tem recuado de forma ainda mais expressiva, cenário que vem reduzindo o poder de compra do suinocultor neste mês. Segundo colaboradores do Cepea, a queda no preço do animal está atrelada à baixa liquidez das vendas da carne nos atacados, que, por sua vez, leva frigoríficos a diminuírem o ritmo de aquisições de novos lotes. Além disso, o feriado de Tiradentes nesta sexta-feira, 21, reforça a menor demanda por animais, tendo em vista que frigoríficos trabalham com menos dias de abate.