Os preços dos bezerros estão em movimento de queda consecutiva desde o começo de 2022. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário é resultado de maiores investimentos em tecnologias por parte de pecuaristas, do aumento de produtividade e, sobretudo, da redução no abate de matrizes. Além disso, a chegada do período de desmama reforça a queda nos preços. Considerando-se as médias mensais deflacionadas, no acumulado da parcial deste ano, o Indicador do bezerro ESALQ/BM&FBovespa (nelore, de 8 a 12 meses, Mato Grosso do Sul) recuou 21%, passando para R$ 2.490,17 na parcial de junho (até o dia 7). Em junho de 2021, o animal era negociado a R$ 3.328,73, em termos reais. Ou seja, em um ano, a desvalorização do animal é de expressivos 25,2%. Todos os valores médios mensais foram deflacionados pelo IGP-DI de maio/22.
SUÍNOS: PREÇOS DO VIVO E DA CARNE TÊM RECUPERAÇÃO
Os preços do suíno vivo e da carne reagiram neste início de junho, conforme apontam dados do Cepea. O aquecimento da demanda pela carne, como típico neste período de começo de mês, e a menor oferta de animais em peso ideal para abate justificam esse cenário de aumento das cotações. Nesta parcial de junho (entre 31 de maio e 8 de junho), o preço do suíno vivo colocado na indústria no Oeste Catarinense avançou 17,3%, a R$ 5,38/kg nessa quarta-feira, 8. Quanto às carcaças comum e especial, ambas negociadas no atacado da Grande São Paulo, foram negociadas, em média, a R$ 8,53 e a R$ 8,88/kg, respectivamente, no dia 8, valores 11,7% e 12% acima dos registrados em 31 de maio.