Após as sucessivas quedas ao longo da primeira metade do ano, os preços do boi gordo coletados pelo Cepea têm tido uma maior dispersão nesta virada de semestre. Segundo pesquisadores do Cepea, agentes estão em busca de valores que se ajustem melhor às condições atuais de mercado. Levantamentos do Cepea mostram que a oferta de animais a pasto para abate diminuiu consideravelmente, ao mesmo tempo em que aumentam os lotes de confinamento no preenchimento das escalas. Daqui pra frente, pesquisadores do Cepea recomendam que sejam analisadas, além das estimativas de volumes confinados, as previsões climáticas e a tendência das exportações. O inverno terá influência do La Niña, com tempo seco e temperaturas acima da média previstas tanto para o Sudeste quanto para o Centro-Oeste. A oferta de pastagens, portanto, deverá ser escassa, conforme pesquisadores do Cepea. Os embarques, por sua vez, costumam se intensificar no segundo semestre, e, neste ano, além dos sucessivos recordes dos últimos meses, a valorização recente do dólar deve manter as vendas de carne brasileira em patamares elevados.
SUÍNOS: PREÇOS DEVEM ENCERRAR 2º MÊS SEGUIDO DE ALTA
As cotações dos produtos suinícolas acompanhados pelo Cepea devem encerrar junho em elevação, e este seria o segundo mês consecutivo de avanço. De acordo com pesquisadores do Cepea, o excelente desempenho das exportações brasileiras e a procura aquecida no mercado doméstico explicam o movimento de alta dos preços. Dados da Secex, compilados e analisados pelo Cepea, mostram que, nesta parcial de junho (15 dias úteis), foram embarcadas 70,2 mil toneladas de carne suína in natura. A média diária de escoamento está em 4,7 mil toneladas, 7,3% acima da de maio/24 e 1,2% superior à de junho do ano passado. No mercado interno, pesquisadores do Cepea explicam que a forte demanda – observada sobretudo na primeira metade de junho – somada à oferta reduzida de animais em peso ideal para abate vêm mantendo elevados os valores de comercialização do suíno vivo e da carne.