Tendo como base a série de preços da carne negociada no mercado atacadista da Grande São Paulo de 2015 a 2019, nota-se que os valores do traseiro registram queda no primeiro semestre, mas se recuperam no segundo. Já no caso do dianteiro, o movimento é o contrário, com alta nos preços na primeira metade do ano e recuos na segunda metade. Pesquisadores do Cepea indicam que esse movimento evidencia que a diferença entre os preços do traseiro e do dianteiro tende a ser ampla entre final e início de cada ano e estreita entre o encerramento do primeiro semestre e começo do segundo. De acordo com dados do Cepea, a diferença entre os valores do traseiro e do dianteiro, que era de 6,32 Reais/kg no começo de 2019, passou para 3,07 Reais/kg nesta semana. Nos primeiros dias de janeiro de 2018, a diferença entre o traseiro e o dianteiro era de 6 Reais/kg e, no início do segundo semestre daquele ano, caiu para 2,7 Reais/kg. Nesse mesmo período de comparação, em 2017, a diferença saiu de 5,5 Reais/kg para 2,94 Reais/kg, e, em 2016, de 4,30 Reais/kg para 1,74 Real/kg. Segundo pesquisadores do Cepea, isso significa que, nas próximas semanas, a diferença entre os valores do traseiro e do dianteiro tende a diminuir ainda mais, com desvalorização para o primeiro e valorização para o segundo.
SUÍNOS: PREÇOS DO VIVO SEGUEM EM ALTA NESTE FINAL DE MAIO
As cotações do suíno vivo continuam em alta neste final de mês, devido à forte procura por parte dos frigoríficos, segundo pesquisas do Cepea. Esse movimento é atípico, visto que, a partir da segunda quinzena, a liquidez geralmente diminui e os preços do animal recuam. Quanto às exportações da carne, dados da Secex referentes aos 17 dias úteis de maio indicam que a média diária de embarques segue aquecida, com alta de 23% frente à de abril e de expressivos 53% em relação ao mesmo período do ano passado, com cerca de 3 mil toneladas embarcadas diariamente. Trata-se, ainda, do melhor desempenho desde setembro/16.
MAMÃO: PREÇO DO FORMOSA CAI NO RN/CE, MAS ESTÁ 93% ACIMA DO VALOR NO ES
Na semana de 20 a 24 de maio, a menor disponibilidade de mamão formosa no Rio Grande do Norte/Ceará levou à maior média de preços frente às registradas em outras regiões produtoras, segundo dados do Hortifruti/Cepea. A oferta foi limitada pelas chuvas, que se estenderam por um período mais longo na região. Assim, o formosa foi comercializado por R$ 0,87/kg na semana passada, recuo de 13% em relação ao período anterior, mas 93% superior ao preço capixaba. Segundo colaboradores, a qualidade das frutas, contudo, foi influenciada pelas chuvas volumosas, que aumentaram a incidência de pinta preta, mancha chocolate e antracnose.