Com a média mensal da arroba do boi gordo paulista (Indicador CEPEA/B3) apresentando, de março para abril, queda mais intensa que a da carne negociada no atacado da Grande São Paulo (carcaça casada), o Cepea registrou aproximação entre os valores destes produtos. Em abril (até o dia 12), a diferença entre o boi para abate e a da proteína no atacado foi de 11,67 Reais/arroba (com vantagem para o animal), contra 19,06 Reais/arroba em março e 12,39 Reais/arroba em abril de 2021. Trata-se, também, da menor diferença desde novembro do ano passado. Para esse resultado, foram consideradas as médias mensais deflacionadas pelo IGP-DI março/22. Em novembro de 2021, a diferença foi de apenas 7,15 Reais/@, com a carcaça casada cotada a R$ 312,30/@ no atacado da Grande São Paulo e o boi gordo, a R$ 319,44/@ no mercado paulista, em termos reais. Vale lembrar que, em novembro do ano passado, a média mensal da arroba registrava menor patamar, devido à suspensão dos envios de carne bovina à China, maior destino da proteína brasileira.
SUÍNOS: PREÇOS SOBEM NA MAIOR PARTE DAS PRAÇAS
Os preços do suíno vivo no mercado independente se elevaram na maioria das praças acompanhadas pelo Cepea nesta semana. Com preço mais competitivo frente a outras carnes, as vendas do vivo e da carcaça estão aquecidas. Além disso, a proximidade do fim da Quaresma e a expectativa de temperaturas mais amenas têm levado compradores a iniciarem a criação de estoques de carne suína. Apesar das recentes altas nos preços do suíno vivo, as desvalorizações registradas no começo deste mês fazem com que a média da parcial de abril ainda esteja inferior à de março.
FRANGO: RELAÇÃO DE TROCA ENTRE FRANGO VIVO E MILHO É A MENOR DESDE JUL/20
Com a forte valorização do frango vivo e a queda no preço do milho, o poder de compra do avicultor frente ao cereal neste mês é o maior desde julho de 2020. Já em relação ao farelo de soja, o cenário atual é o mais favorável desde novembro/21. No mercado de frango, segundo colaboradores do Cepea, a demanda está firme, sustentada pelas aquecidas exportações da proteína e pelo aumento da procura doméstica no início do mês. Já para o milho, a possibilidade de a segunda safra ser recorde vem mantendo os preços do cereal em queda. Para o farelo de soja, a finalização da colheita somada à pressão cambial e à menor demanda pelo produto pressionam as cotações domésticas. Dessa forma, considerando-se as médias do frango vivo comercializado no estado de São Paulo e do milho vendido em Campinas (SP), o avicultor de corte consegue comprar, nesta parcial de abril, 4,22 quilos do cereal com a venda de um quilo de frango, 26,3% a mais que em março e a maior quantidade desde julho/20. De farelo de soja, considerando-se o derivado negociado no mercado de lotes de Campinas, o poder de compra do avicultor paulista apresenta o melhor resultado desde novembro/21. Com a venda de um quilo de frango é possível a compra de 2,37 quilos do farelo de soja, 27% a mais que em março.