O mercado interno de carne bovina segue lento. Segundo pesquisadores do Cepea, a demanda está enfraquecida, o que se deve sobretudo ao menor poder de compra da grande parte da população. Esse cenário tem pressionado as cotações da proteína, mesmo com as exportações aquecidas. No acumulado da parcial deste ano (de dezembro/21 a parcial de setembro/22), a carne (carcaça casada do boi, comercializada do atacado da Grande São Paulo) se desvalorizou 10,5%, em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-DI de agosto/2022). De agosto para setembro, a queda no preço da proteína é de 1,65%.
SUÍNOS: PREÇO CAI, E CARNE SUÍNA GANHA COMPETITIVIDADE
As cotações médias das carnes suína, de frango e bovina – todas comercializadas no atacado da Grande São Paulo – vêm registrando baixa em comparação a agosto. Destes produtos, o valor médio da proteína suína foi o que registrou a maior queda, o que, por sua vez, resulta em ganho de competitividade frente às concorrentes. Segundo pesquisadores do Cepea, agentes do setor suinícola têm mostrado cautela em elevar as cotações dos produtos, por conta do baixo poder aquisitivo do consumidor final, que tem dificuldade em absorver um novo reajuste.