Apesar do intenso ritmo das exportações brasileiras nas últimas semanas e da baixa oferta de animais para abate, os preços internos da arroba estão em movimento de queda. No acumulado de setembro, o Indicador do boi gordo CEPEA/B3 (estado de São Paulo) caiu 7%. Nos últimos sete dias (de 29 de setembro a 6 de outubro), especificamente, a baixa foi de 4,7%, com o Indicador fechando a R$ 280,90 nessa quarta-feira, 6. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão vem da retração de compradores, que se afastam das aquisições de novos lotes de animais para abate. No caso dos frigoríficos que trabalham apenas com o mercado doméstico, o recuo nas compras se deve às fracas vendas de carne nos atacados brasileiros, devido ao fragilizado poder de compra da maior parte da população. Já quanto às unidades exportadoras, compradores evitam alongar as escalas de abate, diante da ainda manutenção da suspensão dos envios de carne bovina à China.
SUÍNOS: PREÇOS DO ANIMAL VIVO APRESENTAM MOVIMENTOS DISTINTOS
Os preços do suíno vivo comercializado no mercado independente têm apresentado movimentos distintos dentre as regiões acompanhadas pelo Cepea nos últimos dias, influenciados por diferentes condições de oferta e de demanda. Nas praças de Minas Gerais, os negócios seguiram o acordo da bolsa local, e os preços se mantiveram estáveis. Já em São Paulo e em Santa Catarina, vendedores conseguiram leves reajustes positivos no preço, conforme a procura por animais para abate se aqueceu. Nas praças do Paraná, colaboradores relataram lentidão nas vendas e consequente quedas nos preços. Quanto às exportações de carne suína em setembro, somaram 110,9 mil toneladas, segundo dados da Secex. Além de recorde, o volume embarcado no último mês foi 23,4% maior que o de agosto e 29,8% acima do de setembro de 2020.