Neste momento que antecede o período de seca, pecuaristas de corte têm se planejado quanto ao volume de animais que vão confinar nas próximas semanas. Por isso, conforme colaboradores do Cepea, as atenções de produtores estão voltadas aos atuais preços do boi magro e, principalmente, do milho e do farelo de soja, importantes insumos da ração, que estão em alta. Outro termômetro utilizado pelo mercado e que vem influenciando certa cautela de alguns produtores são os preços do boi gordo no mercado futuro. Na B3 (antiga BM&FBovespa (SA:B3SA3)), os próximos vencimentos apontam quedas nos valores da arroba.
SUÍNOS: RITMO DE NEGÓCIOS É LENTO E PREÇOS SEGUEM EM QUEDA
As aquisições de carne suína no atacado e do animal vivo para abate seguem lentas neste encerramento de abril, mantendo os preços em queda. No acumulado parcial do mês (entre 29 de março e 25 de abril), o suíno vivo negociado na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) se desvalorizou 3%, fechando a R$ 2,99/kg nessa quarta-feira, 25. No mercado paulistano de carnes, os cortes seguem a mesma tendência de queda. No acumulado de abril, o preço da carcaça especial suína caiu 1,7%, com média de R$ 4,96/kg nessa quarta-feira. Para a carcaça comum, o valor do quilo recuou 1,4% no período, a R$ 4,66/kg.
CEBOLA: BAIXO VOLUME NACIONAL FAVORECE IMPORTAÇÕES
Com a safra de cebolas perto do fim no Sul do País e com a oferta ainda restrita na região de Irecê (BA), devido às chuvas que afetaram a produtividade no início da temporada no primeiro semestre, os bulbos de origem argentina se valorizaram na fronteira de Porto Xavier (RS) nos últimos dias. Entre 16 e 20 de abril, o preço da saca de 20 kg da caixa 3 beneficiada teve média de R$ 55,00 na praça sul-rio-grandense, alta de 11,5% frente à média da semana anterior. Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, sacas de cebolas holandesas estão previstas para chegar ao Brasil em maio, mas a qualidade dos bulbos pode não ser satisfatória, visto que a safra europeia é “antiga”. Importadores esperam que os preços subam ainda mais de abril para maio, já que o volume nacional não tem perspectiva de aumento expressivo no curto-prazo.