A liquidez está baixa no mercado pecuário brasileiro. Segundo colaboradores do Cepea, a maior parte dos compradores indica estar com escalas de abate alongadas e, por isso, segue pressionando os valores da arroba. No entanto, as aquisições de lotes maiores ou provenientes de locais mais próximos à indústria, por exemplo, impedem recuos mais expressivos nos valores médios – em alguns dias, inclusive, essas situações acabam elevando o preço médio. Nesse contexto, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa do boi gordo tem registrado oscilações neste mês e o intervalo entre o mínimo e o máximo está maior. No acumulado parcial de novembro (até o dia 21), o Indicador permanece praticamente estável (+0,1%), fechando a R$ 145,30 nessa quarta-feira, 21. Em comparação à quarta anterior, dia 14, o Indicador registra alta de 0,48%.
SUÍNOS/CEPEA: ANIMAL SE VALORIZA E PODER DE COMPRA DE SUINOCULTOR AUMENTA
Os preços do suíno vivo continuam em alta no mercado interno. As valorizações do animal, inclusive, estão superando as verificadas para os principais insumos que compõem a ração (milho e farelo de soja). Segundo pesquisadores do Cepea, esse contexto tem garantido aos produtores paulistas e catarinenses significativa melhora no poder de compra frente a esses insumos. As elevações nos preços do suíno estão atreladas à menor oferta de animais para abate e à demanda mais aquecida por parte da indústria. Diante disso, a liquidez no mercado independente de suínos está elevada, mesmo com a entrada da segunda quinzena, quando, geralmente, o mercado tende a ficar mais lento. Na parcial de novembro (até o dia 21), o suíno vivo negociado na região de SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) registra média de R$ 3,88/kg, alta de 1,57% frente à de outubro. No Oeste Catarinense, a valorização foi mais expressiva, de 4,8%, com o animal registrando média de R$ 3,68/kg em novembro.
MAÇÃ: FRUTIFICAÇÃO DA SAFRA 18/19 DEVE SE INTENSIFICAR AINDA EM NOVEMBRO
Os pomares de maçãs devem entrar na fase de frutificação ainda em novembro, e as atividades de raleio também devem ser iniciadas neste mês. Em regiões mais quentes, onde a plena florada ocorreu mais cedo, a frutificação teve início em meados de outubro, de acordo com colaboradores do Hortifruti/Cepea. Nas demais praças, o inverno prolongado atrasou a quebra de dormência, o que resultou em uma florada mais concentrada. Na região Sul, o clima permaneceu chuvoso durante a florada, atrapalhando o processo de polinização por abelhas – que exige temperaturas mais altas e clima mais seco. Além disso, as precipitações demandaram a reaplicação de produtos para tratamento dos pomares, o que pode elevar os custos da próxima safra. Vale ressaltar que a expectativa para a temporada 2018/19 é de 1,2 milhão de toneladas*, por conta da provável recuperação da produção da variedade fuji, após a quebra de safra registrada neste ano. Já para a gala, há relatos de abortamento, o que pode reduzir o volume esperado para a variedade.