Os valores da arroba bovina negociada no estado de São Paulo seguem renovando as máximas reais da série histórica do Cepea, iniciada em 1994 e deflacionada pelo IGP-DI de outubro. Nessa quarta-feira, 11, o Indicador do boi gordo CEPEA/B3 (à vista, mercado paulista) fechou a R$ 292,00, aumento de 4,89% no acumulado da parcial de novembro. Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso segue vindo da baixa oferta de animais e da demanda aquecida por novos lotes para abate, especialmente para exportação. E as vendas externas de carne seguem registrando bom desempenho, devido, principalmente, aos envios à China. De janeiro a outubro deste ano, o país asiático foi destino de 685,36 mil toneladas de carne bovina, segundo dados da Secex, correspondendo por 41,6% de todo o volume exportado pelo Brasil em 2020.
SUÍNOS: BAIXA OFERTA E FORTE DEMANDA MANTÊM PREÇOS EM ALTA
Os preços do suíno vivo seguem em elevação no mercado independente na maioria das praças acompanhadas pelo Cepea. Esses avanços são resultado da combinação de dois fatores que têm sido contínuos nos últimos meses: a oferta reduzida de animais em peso ideal para abate e a forte demanda da indústria, principalmente por conta das exportações de carne suína. COMPETITIVIDADE – Neste início de novembro, a diferença entre o preço da carcaça especial suína e o do frango inteiro resfriado renovou a máxima real da série histórica do Cepea (deflacionada pelo IPCA de outubro/20), indicando a menor competitividade da proteína suína frente à concorrente. Já na comparação com a carcaça bovina, a diferença segue com pouca alteração desde setembro, evidenciando a influência do mercado da carne bovina sobre a proteína suína.
CENOURA: RENTABILIDADE AUMENTA NO INÍCIO DE NOVEMBRO
Este mês se iniciou com significativo aumento na rentabilidade do produtor de cenoura, segundo informações do Hortifruti/Cepea. Ainda em cenário de oferta controlada nas principais regiões produtoras do Brasil – São Gotardo (MG) e Cristalina (GO) –, o preço da caixa de 29 kg de "suja" subiu 25% (a R$ 27,00) na primeira semana de novembro (de 03 a 06/11) em relação à média de outubro. Desta forma, a atual rentabilidade da cultura está em 110%, bastante superior à registrada no mesmo período da safra de 2019, quando estava “no vermelho”. O cenário mais positivo em 2020, por sua vez, é reflexo da redução da área plantada nesta temporada de inverno.