Por Eduardo Abe, Alcides Torres e Jéssica Olivier
Na praça pecuária paulista, nesta sexta-feira (24/2), grande parte dos frigoríficos continuaram fora das compras a espera de definição do caso confirmado de “vaca louca”, se é do tipo clássica ou atípica, e como irá afetar as compras por parte da China, maior importador da carne bovina brasileira.
Com expectativa de maior oferta de carne destinada ao mercado, muitas unidades frigoríficas, principalmente as que atendem apenas ao mercado interno, optaram por reduzir a quantidade de dias de abate na próxima semana, a espera de uma definição quanto à exportação, e estão ofertando menos pela arroba do boi.
Logo, queda de R$10,00/@ de boi comum. Para vacas e novilhas não foram reportados preços, então a referência continua sendo os preços anteriores ao carnaval (17/2). Ao “boi China”, não há ofertas de compra.
Exportação de carne bovina in natura
Até a terceira semana de fevereiro, antes do caso de “vaca louca”, foram exportadas 91,8 mil toneladas de carne bovina in natura. A média diária embarcada, até o momento, é de 7,1 mil toneladas, recuo de 15,3% na comparação com fevereiro/22, o faturamento médio diário está em US$34,3 milhões, recuo de 26,6% na mesma comparação.
Impactos do caso de EEB no mercado do boi gordo
Logo após o feriado de carnaval, houve a confirmação de um caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), conhecida popularmente como "mal da vaca louca". Assim, o mercado do boi fechou a semana com preços em queda na praça paulista, após a definição do mercado na quinta-feira.