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Boi: China Segue Como o Principal Destino da Carne Nacional, Mas Envios Diminuem

Publicado 17.06.2021, 09:30
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As exportações brasileiras de carne bovina in natura continuam elevadas neste ano, e a China segue como o principal destino da proteína. De maio de 2020 para maio deste ano, contudo, os envios da proteína nacional ao país asiático diminuíram quase 20%, de acordo com dados da Secex. Segundo pesquisadores do Cepea, essa desaceleração das exportações à China gera preocupação dentre os agentes do setor. Isso porque alguns chegam a se indagar se a demanda chinesa pela carne brasileira teria atingido um limite. Neste caso, recentes notícias indicando uma recuperação do rebanho de suínos na China – a carne suína é uma das mais consumidas no país – pode indicar que o país pode, de fato, frear o ritmo de compras de proteína no mercado internacional. Quanto ao mercado brasileiro, a baixa oferta de animais para abate e o bom desempenho das exportações de carne mantêm firmes os preços da arroba.

SUÍNOS: VENDAS SE AQUECEM, E ALTA DE PREÇO SUPERA OS 20% EM ALGUMAS PRAÇAS

Depois de recuarem com certa força entre o fim de maio e o começo de junho, os preços do suíno vivo registram intenso movimento de recuperação nesta semana. Segundo levantamento do Cepea, o animal vivo negociado no mercado independente se valorizou em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea, com aumentos em sete dias chegando a superar os 20% em algumas praças. Pesquisadores do Cepea indicam que, além das exportações aquecidas, a competitividade elevada da carne suína no atacado da Grande São Paulo frente às principais substitutas (bovina e frango) aqueceu as vendas domésticas da carne, impulsionando a demanda de frigoríficos por novos lotes de animais. 

MAMÃO: EXPORTAÇÕES EM 2021 ESTÃO 24% MAIORES; PARA A AMÉRICA DO SUL, ALTA É DE 267%

As exportações brasileiras de mamão cresceram na parcial deste ano (janeiro a maio), apesar dos entraves na logística aérea por conta da pandemia de covid-19. Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, produtores têm se interessado em vender a fruta ao mercado externo devido ao bom retorno financeiro dessa comercialização, visto que, apesar das recentes quedas, o dólar ainda está valorizado frente ao Real. Além disso, agentes se adaptaram ao uso de aviões cargueiros, que têm menos restrições neste momento. Conforme dados da Secex, entre janeiro e maio, o Brasil exportou 22,4 mil toneladas de mamão, 24% a mais do que o volume embarcado no mesmo período do ano passado e 15% acima dos embarques de 2019, quando a pandemia ainda não dificultava o comércio internacional. Nos primeiros cinco meses de 2021, os principais destinos do mamão brasileiro foram os países da Europa, que compraram 89% do total exportado, da América do Norte (5%) e da América do Sul (5%). Vale destacar que os envios ao continente sul-americano subiram bastante no período, 267% frente à mesma parcial do ano passado, visto a maior facilidade de escoamento pela proximidade com o Brasil.

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