As exportações brasileiras de carne bovina estão a todo vapor neste segundo semestre, cenário que, segundo pesquisadores do Cepea, tem ajudado a sustentar as cotações internas da arroba do boi gordo, visto que enxuga a disponibilidade doméstica da proteína. O Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa registrou alta de 0,44% de 29 de agosto a 5 de setembro, fechando a R$ 146,65 nessa quarta-feira, 5. Em agosto, o volume da proteína in natura brasileira exportada foi de 144,42 mil toneladas, 10,4% acima do total de julho/18, segundo a série da Secex. A maior quantidade vendida somada ao câmbio elevado resultaram em faturamento mensal novamente acima de R$ 2 bilhões.
SUÍNOS: RETRAÇÃO DE PRODUTORES MANTÉM PREÇOS FIRMES
Neste início de setembro, segundo pesquisadores do Cepea, produtores estão recuados nas negociações, limitando a oferta de suínos e sustentando as cotações da carne. Agentes aguardam a passagem do feriado desta sexta-feira, 7 (Independência do Brasil), para alterar as cotações. Isso porque o feriado diminuiu os dias de abates de frigoríficos e influenciou a demanda doméstica pela carne suína. No atacado da Grande São Paulo, a carcaça especial suína foi comercializada na média de R$ 5,58/kg nessa quarta-feira, 5, aumento de 1,1% entre 29 de agosto e 5 de setembro. Quanto ao vivo, na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o animal foi comercializado a R$ 3,57/kg nessa quarta-feira, 5, leve queda de 0,4% em sete dias.
FRANGO: DEMANDA PRÉ-FERIADO ELEVA PREÇOS DA CARNE NO SUDESTE
O feriado da próxima sexta-feira (Dia da Independência) tem feito com que algumas negociações sejam antecipadas, aumentando a demanda e, consequentemente, os valores da carne de frango no Sudeste do Brasil. Segundo dados do Cepea, em Pará de Minas (MG), o preço do frango resfriado se elevou expressivos 11,3% entre 29 de agosto e 5 de setembro, chegando a R$ 4,87/kg na quarta-feira, 5. Na Grande São Paulo, a elevação foi de 11,1% no mesmo período, com o frango resfriado negociado na média de R$ 3,94/kg no dia 5. Quanto às exportações da carne, de acordo com a Secex, o volume totalizou 368,48 mil toneladas do produto in natura em agosto, recuo expressivo de 15,9% frente a julho. O preço pago pela tonelada, por outro lado, teve média de US$ 1,55/kg, alta de 2,9% na comparação com o mês anterior. Em moeda nacional, o valor recebido pelo exportador subiu aproximadamente 5,8% de julho para agosto, a R$ 6,09/kg.
UVA: QUALIDADE E ALTA DO DÓLAR ANIMAM EXPORTADOR
As áreas destinadas à produção de uvas para exportação do Vale do São Francisco (PE/BA) finalizaram as podas em agosto, de acordo com viticultores consultados pelo Hortifruti/Cepea. A expectativa dos produtores é de boas produtividade e qualidade das frutas. Esse cenário e a alta da cotação do dólar (acima dos R$ 4,15) têm animado exportadores, que esperam manter os envios pelo menos nos mesmos patamares do ano passado. Os embarques de uvas sem semente à União Europeia devem começar na semana 37 (de 10 a 16 de setembro), seguindo até a 47 (de 19 a 25 de novembro). Já os envios à Argentina se iniciaram aos poucos em junho, quando a baixa oferta limitou a exportação.