Os embarques de carne bovina in natura registraram desempenho recorde para o mês de março, cenário que seguiu sustentando as cotações do animal para abate. Em março, foram exportadas 169,41 mil toneladas do produto in natura, um recorde para o mês, com avanços de 6,48% frente ao mês anterior e de 26,6% em relação ao mesmo mês de 2021, segundo dados da Secex. Quanto ao Indicador CEPEA/B3 (mercado paulista), atingiu, no dia 24 de março, a máxima nominal da série histórica do Cepea, iniciada em 1994, de R$ 352,05. Neste início de abril, os valores seguem firmes: a elevação do Indicador CEPEA/B3 entre 31 de março e 6 de abril foi de 4,16%, a R$ 336,70.
SUÍNOS: APESAR DE QUEDA NO FIM DO MÊS, MÉDIA DE MARÇO AVANÇA
Em março, os valores médios mensais do suíno vivo e da carne superaram os de fevereiro, de acordo com dados do Cepea. Esse cenário foi observado apesar das baixas registradas na segunda metade do período. Dentre as regiões acompanhadas pelo Cepea, as valorizações mais intensas de fevereiro para março foram registradas em Rondonópolis (MT) e em São José do Rio Preto (SP). Na praça paulista, o animal foi negociado à média de R$ 5,94/kg em março, 10,9% acima da observada em fevereiro. Na região mato-grossense, o valor pago ao produtor independente pelo animal teve média de R$ 4,81/kg, alta de 11,3% no mesmo comparativo. Pesquisadores do Cepea afirmam que, no início do mês, a menor oferta de animais em peso ideal para abate e o aquecimento na procura elevaram os valores pagos por novos lotes e também pela proteína. Já na segunda parte do mês, os preços do vivo e da carne recuaram de forma intensa, influenciados pela menor demanda doméstica.