Apesar das escalas relativamente alongadas em determinadas plantas de abate, as cotações da arroba registraram leve alta nos últimos dias, visto que a oferta de animais não é expressiva. Segundo colaboradores do Cepea, as compras de lotes para atender a mercados mais específicos, como o da China, também têm contribuído para sustentar os preços. Assim, nessa quarta-feira, 17, o Indicador do boi gordo ESALQ/B3 fechou a R$ 153,40, ligeiro 0,4% acima do fechamento do dia 16.
SUÍNOS: MUDANÇA METODOLÓGICA ENTRA EM VIGOR A PARTIR DE 1º DE AGOSTO DE 2019
A partir de 1º de agosto de 2019, os Indicadores do Suíno Vivo CEPEA/ESALQ terão como base os valores recebidos por produtores independentes. Dessa forma, em Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, os preços recebidos pelos produtores integrados deixam de ser incluídos no cálculo dos Indicadores. Além disso, os negócios a prazo passarão a ser convertidos para à vista com base na Taxa CDI (até o final de julho de 2019, a taxa de desconto utilizada é a NPR). Quanto à ponderação dos Indicadores, na metodologia a ser adotada a partir de 1º de agosto de 2019, o peso de cada uma das regiões para o cálculo das médias estaduais será variável, de acordo com o rebanho de suínos dos municípios que constam na amostra do dia (até o encerramento de julho de 2019, a ponderação é fixa e tem como base o rebanho de todos os municípios que formam cada uma das regiões). Ressalta-se que as informações quanto ao rebanho de suínos dos municípios são provenientes da Pesquisa Pecuária Municipal, do IBGE.
BATATA: PRIMEIRO SEMESTRE É MARCADO POR RENTABILIDADE POSITIVA
No primeiro semestre de 2019, o preço médio da batata padrão ágata (ponderado pela classificação) nas beneficiadoras do País esteve 123% acima da média dos custos de produção estimados por colaboradores do Hortifruti/Cepea. Entre janeiro e junho deste ano, a ágata beneficiada teve preço médio de R$ 126,86/sc de 50 kg, valor 163% maior do que o do mesmo período de 2017 (de R$ 48,16/sc) e 132% superior ao de 2018. Nos atacados paulistanos, as cotações também estiveram elevadas: o produto foi negociado na média de R$ 148,45/sc na primeira metade do ano, altas de 127% em relação a 2017 e de 96% frente a 2018. Segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea, esse cenário está atrelado à menor oferta de batatas durante o semestre, uma vez que houve redução de aproximadamente 20% da área plantada nos últimos dois anos – justificada por dois anos inteiros e consecutivos (2017 e 2018) de rentabilidade negativa no setor. Assim, no primeiro semestre de 2019, a produtividade média das lavouras foi 14% menor do que a do ano passado, refletindo também o clima mais quente e chuvas intensas, que comprometeram o desenvolvimento dos tubérculos e contribuíram para a incidência de problemas fitossanitários.