O Indicador do Boi Gordo CEPEA/B3 apresenta recuperação na parcial de julho, voltando à casa dos R$ 230. Segundo pesquisadores do Cepea, a baixa oferta de animais a pasto é o principal motivo dos reajustes positivos. Para a carne, o movimento também é de reação nos preços. Conforme pesquisadores do Cepea, além da diminuição no volume de animais prontos para abate, houve certo aumento do consumo doméstico. No acumulado do primeiro semestre, porém, as cotações do boi e das demais categorias de animais caíram, refletindo a disponibilidade recorde de carne bovina. Cálculos do Cepea baseados em estimativa própria da produção, em dados do IBGE e da Secex revelam que o volume de carne disponível no mercado brasileiro de janeiro a junho superou em 14,43% o do mesmo período do ano passado, atingindo a marca histórica de cerca de 3,58 milhões de toneladas.
SUÍNOS: CARNE PERDE COMPETITIVIDADE FRENTE SUBSTITUTAS
Levantamentos do Cepea mostram que os preços médios da carne suína têm subido fortemente no atacado da Grande São Paulo. Já a bovina apresenta leve valorização, ao passo que a de frango está em queda. Como resultado, a competitividade da proteína suinícola diminuiu frente às principais concorrentes. Segundo pesquisadores do Cepea, a carne suína vem se valorizando desde a primeira semana de junho, ganhando força no início de julho, com o impulso vindo das demandas internas e externas aquecidas. Quanto à proteína avícola, a desvalorização está atrelada sobretudo ao enfraquecimento da procura, que tem mantido baixa a liquidez no setor atacadista, ainda conforme pesquisas do Cepea.
FRANGO: AVICULTOR PAULISTA RECUPERA PODER DE COMPRA EM JULHO
O poder de compra de avicultores paulistas frente a importantes insumos utilizados na atividade vem reagindo em julho. Isso porque, segundo levantamentos do Cepea, enquanto os preços médios do frango vivo estão em alta, os do milho e do farelo de soja estão em queda. Pesquisadores do Cepea ressaltam que esse cenário evidencia uma recuperação e traz certo alívio a produtores, que registravam perda no poder de compra por três meses consecutivos no caso do derivado de soja e por dois meses no do cereal. As elevações nos valores do frango vivo, por sua vez, estão atreladas à maior demanda por novos lotes – agentes de frigoríficos buscam atender às procuras interna e, sobretudo, externa aquecidas pela carne, ainda conforme pesquisadores do Cepea.
CITROS: PREÇOS SOBEM PELA 10ª SEMANA CONSECUTIVA
Os preços da laranja pera seguem em alta, subindo pela 10ª semana consecutiva. Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso continua vindo da oferta de frutas bastante limitada no mercado in natura – cenário agravado pela rápida diminuição no volume de precoces. Nem mesmo a redução da demanda por conta do clima ameno impediu novos aumentos. Na parcial desta semana (de segunda a quinta-feira), a média da pera na árvore é de R$ 91,16/caixa de 40,8 kg, elevação de 0,82% frente ao período anterior. Pesquisadores do Cepea explicam, ainda, que a produção de laranjas vem se confirmando baixa no estado de São Paulo e no Triângulo Mineiro, em um momento de alta necessidade por parte das fábricas de suco, que fecharam a temporada 2023/24 com estoques bastante restritos.