A redução da disponibilidade de animais prontos para abate sustentou as cotações do boi gordo em julho, de acordo com pesquisadores do Cepea. Entre 29 de junho e 31 de julho, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa acumulou aumento de 1,7%, fechando a R$ 141,70 nessa terça-feira, 31. Mesmo com a menor oferta de boi gordo no mercado interno e com as exportações em ritmo mais intenso em julho, os preços da carne negociada no mercado atacadista da Grande São Paulo seguiram em queda. No acumulado de julho, a carcaça casada de boi se desvalorizou 0,83%, passando para R$ 9,51/kg no encerramento do mês (à vista).
SUÍNOS: EM SP, PREÇO DO VIVO RECUA 10% EM JULHO
Os preços do suíno vivo tiveram quedas consecutivas em julho, conforme indicam dados do Cepea. Nem mesmo na primeira quinzena, período em que geralmente a demanda aquecida eleva os valores, os preços se sustentaram. O motivo da desvalorização é a menor demanda por parte de frigoríficos, que reduzem o ritmo de aquisição de novos lotes diante da fraca procura na ponta final. Na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o preço médio do suíno vivo foi de R$ 3,16/kg em julho, baixa de 9,9% frente a junho e de 14,8% na comparação com julho/17. No Oeste Catarinense, o preço médio do animal foi de R$ 2,98/kg, recuo de 2,9% em relação a junho/18 e de 11,4% frente a julho/17.
MELANCIA: COTAÇÕES VOLTAM A CAIR NO TO
A colheita de melancias em Lagoa da Confusão e Formoso do Araguaia (TO) esteve em ritmo mais acelerado nos últimos dias de julho, segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea. A elevação do volume ofertado estava prevista para meados do mês; contudo, devido ao atraso no plantio, a intensificação da colheita ocorreu apenas nos últimos dias de julho. Assim, as cotações recuaram. A melancia graúda (>12 kg) teve média de R$ 0,44/kg de 23 a 27 de julho, redução de 21,4% frente à semana anterior. Nos próximos dias, a oferta deve se manter, mas as atividades de campo devem ganhar ritmo na região em meados de agosto.