O boi gordo vem sendo negociado acima dos R$ 300,00 desde o início de fevereiro, segundo apontam dados do Cepea. Nessa quarta-feira, 24, porém, o Indicador CEPEA/B3 (estado de São Paulo, à vista) teve pequena queda, fechando a R$ 299,50, acumulando leve baixa de 0,12% na parcial deste mês. No acumulado do ano (de 30 de dezembro de 2020 a 24 de fevereiro de 2021), porém, o avanço ainda é de fortes 12,11%. Pesquisadores do Cepea apontam que, apesar de as demandas domésticas e internacionais estarem enfraquecidas nestas primeiras semanas de 2021, a baixa oferta de animais prontos para o abate ainda sustenta o movimento de aumento nos valores da arroba. Vale mencionar, no entanto, que, mesmo que os preços do boi estejam em patamares recordes, a valorização considerável e contínua de importantes insumos pecuários, como os de animais de reposição e dos grãos, pode limitar – e até mesmo comprometer – a margem do produtor.
SUÍNOS: MÉDIA MENSAL DO VIVO EM QUEDA PRESSIONA PODER DE COMPRA
A média mensal dos preços do suíno vivo está em baixa frente à de janeiro, apesar das recentes altas. Segundo pesquisadores do Cepea, isso ocorre devido aos recuos registrados no início de fevereiro. Esse cenário tem pressionado o poder de compra do suinocultor frente aos principais insumos da atividade, milho e farelo de soja. Com relação ao derivado da soja, a situação do suinocultor é agravada pela valorização do produto, que alcançou a máxima nominal da série histórica do Cepea. Na comparação com o milho, a perda no poder de compra foi menos intensa, uma vez que as cotações do cereal têm registrado leve recuo em fevereiro.