Neste encerramento de outubro, o Indicador do boi gordo CEPEA/B3 chegou à casa dos R$ 270/@, atingindo, portanto, novo recorde real diário da série histórica do Cepea, iniciada em 1994 (os valores diários foram deflacionados pelo IGP-DI de setembro/2020). Nessa terça-feira, 27, o Indicador fechou a R$ 274,70, superando o recorde real anterior, de R$ 269,87, que havia sido observado em 29 de novembro de 2019 (naquela data, o valor nominal do boi foi de R$ 231,35). Nessa quarta-feira, porém, os valores recuaram, fechando a R$ 268,80. Na parcial de outubro, o Indicador registra avanço de 4,71%. Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso segue vindo da baixa oferta de animais para abate e da demanda aquecida, especialmente para exportação.
SUÍNOS: VALORES DE PRODUTOS SUINÍCOLAS OPERAM NAS MÁXIMAS REAIS
O movimento de alta nos preços do suíno vivo e da carne foi intensificado nesta segundo quinzena de outubro. Segundo pesquisadores do Cepea, enquanto a oferta de animais para abate segue restrita – o que, consequentemente, limita a produção de carcaças e cortes –, as exportações da carne apresentam forte ritmo neste mês. Diante disso, os valores da maioria dos produtos suinícolas levantada pelo Cepea estão em patamares recordes reais das respectivas séries. No caso do suíno vivo, além da oferta reduzida e da demanda aquecida por parte da indústria, os preços elevados dos principais insumos da atividade, milho e farelo de soja, motivam produtores a buscarem maiores valores na comercialização do animal, no intuito de garantir rentabilidade da atividade. Para as carnes, agentes do setor reajustam seus preços para seguir a tendência do vivo, mas já indicam dificuldades no repasse ao atacado.