As atenções de agentes do setor pecuário nacional neste início de segundo semestre se voltam para a produção de boi gordo em confinamento. Segundo pesquisadores do Cepea, assim como no ano passado, as preocupações de pecuaristas estão relacionadas especialmente aos elevados custos do boi magro e da alimentação. Cálculos realizados pelo Cepea mostram que, de fato, as margens de produtores em 2021 estão mais apertadas em relação às do ano passado, mas ainda podem ser positivas – para calcular a margem deste ano, pesquisadores consideraram os atuais preços do boi magro e do milho no estado de São Paulo e a venda do boi gordo em outubro (valores futuros da B3 (SA:B3SA3)).
SUÍNOS: MAIOR DEMANDA ELEVA PREÇOS DO SUÍNO VIVO
As cotações do animal vivo estão em forte alta em todas as praças acompanhadas pelo Cepea. Colaboradores consultados pelo Cepea relataram aumento intenso na procura por novos lotes de animais para abate por parte de frigoríficos, que, por sua vez, registraram incremento nas vendas ao atacado doméstico. Para as carcaças, a movimentação foi similar à observada para o suíno vivo. Já no mercado de cortes, nem todos os produtos se valorizaram no período. Agentes alegam não conseguir, em muitas ocasiões, repassar os aumentos dos preços do vivo à carne, mesmo diante da maior liquidez, devido à pressão exercida pelo baixo poder de compra da população.