Nesta época do ano, agentes do setor pecuário nacional reforçam as atenções sobre as condições das pastagens, que começam a ficar deterioradas. Assim, a oferta de animais para abate tende a crescer um pouco neste período, o que, por sua vez, pressiona as cotações da arroba. De fato, a série do Cepea de 1995 a 2021 mostra que, em média, os valores da arroba recuam 2,5% entre abril e maio no mercado paulista (Indicador CEPEA/B3) – para esse cálculo, foram considerados os valores médios mensais deflacionados pelo IGP-DI março/22. Na parcial de maio deste ano, a média do Indicador CEPEA/B3 está em R$ 333,38, praticamente estável frente à do mês anterior. Pesquisadores ressaltam, contudo, que este movimento pode se alterar em anos distintos e também em cada região do território nacional.
SUÍNOS: LIQUIDEZ AUMENTA; PREÇOS DO VIVO E DA CARNE SOBEM
Os preços do suíno reagiram em parte das praças acompanhadas pelo Cepea entre março e abril, visto que, no último mês, especialmente na segunda quinzena, a liquidez do suíno vivo e da carne aumentou. Na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o animal no mercado independente posto no frigorifico teve média de R$ 6,15/kg em abril, alta de 4% frente à de março. Para a carne, o poder de compra reduzido da maior parte da população brasileira limitou altas mais significativas. No atacado da Grande São Paulo, também segundo dados do Cepea, a carcaça especial suína registrou média de R$ 8,88/kg em abril, avanço de 2,7% frente à de março.