Apesar do enfraquecimento dos preços ao longo de maio, a arroba bovina segue negociada acima de R$ 300,00 no estado de São Paulo. Segundo pesquisadores do Cepea, a manutenção desse patamar elevado se deve à demanda internacional aquecida e à menor oferta de animais para abate. Dados divulgados neste mês pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) confirmam esse cenário de disponibilidade reduzida de animais. No primeiro trimestre deste ano – quando, vale lembrar, a arroba paulista chegou a ser negociada na casa dos R$ 315 –, a quantidade de animais abatidos no País somou 6,64 milhões, 9,71% a menos que no trimestre anterior e 10,08% inferior à do primeiro trimestre de 2020. O volume abatido de janeiro a março de 2021 foi, também, o menor em 12 anos.
SUÍNOS: VALORES DO VIVO CAEM COM FORÇA NESTE MÊS
A dificuldade de escoar a produção de carne no mercado interno e a retração pontual das vendas externas estão resultando em fortes quedas nos preços internos do suíno vivo, da proteína e dos cortes. Segundo pesquisadores do Cepea, agentes do setor têm reajustado negativamente os preços dos cortes e das carcaças, no intuito de elevar a liquidez. No caso do suíno vivo, a demanda por novos lotes de animais para abate está bastante limitada, pressionando os valores. Na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o suíno se desvalorizou 36,6% no acumulado de maio, cotado a R$ 5,37/kg no dia 25.