De acordo com dados divulgados pelo IBGE nessa quarta-feira, 12, o abate de novilhas no acumulado de janeiro a setembro deste ano chegou a 10,59% do total, um recorde para o período, considerando-se toda a série histórica dos abates de bovinos (macho e fêmeas) desde 1997. Até então, o maior volume havia sido registrado em 2014, com 9,71% do abate total no acumulado dos nove meses do ano. Em valores absolutos, de janeiro a setembro/18, foram abatidas 2,512 milhões de novilhas, enquanto que, no mesmo período de 2014, esse número foi de 2,465 milhões. Além de mudança estrutural na cadeia, o recebimento de preços mais altos por esta categoria de animal também atraiu o interesse da venda de fêmeas novas. Quanto ao mercado interno de boi gordo, neste início de dezembro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa do boi gordo tem refletido um mercado relativamente firme. Valores diferenciados seguem sendo registrados, o que se deve a diferentes urgências de compradores/vendedores e aos tamanhos dos lotes comercializados. Parte dos frigoríficos continua com escalas alongadas, enquanto muitos pecuaristas já encerraram o ano contábil, postergando as novas efetivações. Entre 5 e 12 de dezembro, o Indicador subiu 0,8%, fechando em R$ 150,00 nessa quarta-feira, 12.
SUÍNOS: MÉDIA DIÁRIA DE EMBARQUES EM NOVEMBRO É A 2ª MAIOR DO ANO
As exportações brasileiras de carne suína in natura registraram bom desempenho em novembro, com a média diária de embarques, de 2,55 mil toneladas, atingindo o segundo maior patamar do ano – atrás apenas da observada em julho (de 2,59 mil toneladas). A quantidade diária exportada no mês passado também foi 3% superior à registrada em outubro, conforme a Secex. Em termos de faturamento, a média diária (em dólar) da receita obtida também cresceu, 7% em relação à de outubro. Apesar do ritmo mais intenso das exportações no mês passado, o menor número de dias úteis em novembro acabou limitando os ganhos do setor suinícola brasileiro. Nos 20 dias úteis do mês, o Brasil embarcou 51 mil toneladas de carne suína in natura, contra 54,3 mil toneladas nos 22 dias úteis de outubro, queda de 6% no comparativo mensal. De acordo com dados da Secex, em novembro, as exportações totais do setor (incluindo a proteína in natura, industrializada, salgada e demais categorias) somaram 57,9 mil t, recuo de 7% frente às de outubro. A receita obtida com esses embarques, por sua vez, alcançou US$ 104 milhões, recuo de 3% frente ao mês anterior.
LEITE: VALOR DO UHT SINALIZA RECUPERAÇÃO; MUÇARELA SEGUE EM QUEDA
O preço do leite UHT deu sinais de recuperação na primeira semana de dezembro, conforme levantamento do Cepea. Com a normalização dos estoques e a produção reduzida, laticínios conseguiram manter estáveis os preços pedidos pelo produto no mercado atacadista. Entre 2 e 8 de dezembro, o preço médio do leite longa vida fechou a R$ 2,0163/litro, praticamente estável (+0.02%) frente à média da semana anterior (nov. 26 a 30). Para o queijo muçarela, no entanto, o cenário foi de queda, visto que o consumo segue enfraquecido e os estoques de laticínios, elevados. O preço médio do produto na primeira semana de dezembro, de R$ 16,9736/kg, foi 1,69% menor na mesma comparação.