Dados de abate divulgados neste mês pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) evidenciaram o cenário de baixa oferta verificado no encerramento de 2019 – contexto que, vale lembrar, levou os preços do animal para abate a patamares recordes reais da série do Cepea. Segundo o IBGE, o volume de animais abatidos de outubro a dezembro de 2019 somou pouco mais de 8 milhões de cabeças, 5,4% inferior à quantidade registrada no trimestre anterior (de julho a setembro/19) e 1,8% a menos que o abatido de outubro a dezembro de 2018. Ainda assim, o número total de abate em 2019 foi de 32,4 milhões, o mais alto desde 2014 (quando 33,9 milhões de animais foram abatidos), de acordo com dados do IBGE. Neste caso agregado, o crescimento na quantidade abatida no ano passado indica uma recuperação na produção, depois das reduções de rebanho e de produtividade causados pela forte seca que atingiu o Centro-Sul do País entre 2013 e 2014 e que, por sua vez, resultou em aumento nos abates naqueles anos. Quanto aos preços do boi gordo, seguem firmes na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Em São Paulo, o Indicador CEPEA/B3 fechou a R$ 193,10 nessa quarta-feira, 19, acumulando alta de 1,20% na parcial de fevereiro (até o dia 19).
SUÍNOS: PODER DE COMPRA FRENTE AO MILHO É O MAIS BAIXO DESDE FEV/19
Após terem recuado no início de fevereiro, devido à demanda enfraquecida por carne no mercado atacadista, pesquisas do Cepea apontam que os preços do suíno vivo registram ligeiras recuperações nesta segunda quinzena do mês. Já os valores do milho, importante insumo da atividade suinícola, estão firmes desde o começo de fevereiro, por causa da procura interna aquecida e da retração de vendedores em negociar novos lotes, contexto que tem reduzido o poder de compra de suinocultores consultados pelo Cepea frente ao cereal. O atual poder de compra de produtores frente ao milho, inclusive, é o mais baixo desde fevereiro de 2019.