Para fechar bem o mês de junho, que foi super importante, para o fechamento do semestre, onde após o mercado de criptomoedas testar novamente suportes importantes, fez rompimentos de resistência e continua demonstrando continuidade na alta. Vamos trabalhar os pontos mais relevantes que aconteceram nas últimas 2 semanas em termos técnicos.
O primeiro ponto a destacar é a volatilidade do preço do Bitcoin, que teve uma queda de 15% nas primeiras semanas do mês, atingindo o menor valor desde janeiro de 2023. A queda foi provocada por uma combinação de fatores, como a repressão da China aos mineradores e às exchanges de criptomoedas, a incerteza sobre a regulação nos Estados Unidos e na Europa, apesar da MICA (marco regulatório do mercado cripto no bloco Europeu) e a pressão dos investidores institucionais para vender seus ativos e testar principalmente o suporte na região dos US$ 25.000,00. No entanto, o preço do Bitcoin ainda está acima da média móvel de 200 dias, que é um indicador de tendência de longo prazo.
O segundo ponto que destaco é o aumento da adoção do Bitcoin, que pode ser medido pelo número de endereços ativos na rede, pelo volume de transações e pela quantidade de Bitcoins em circulação. O número de endereços ativos na rede Bitcoin atingiu um novo recorde histórico de 38,6 milhões na semana, superando o pico anterior de 2017. O volume de transações também cresceu 12% na semana, chegando a US$211 bilhões. Além disso, a quantidade de Bitcoins em circulação atingiu 18,9 milhões, o que representa 90% da oferta total prevista de 21 milhões.
Tivemos também o aumento da segurança da rede do Bitcoin, que pode ser medido pela taxa de hash e pela dificuldade de mineração, essa taxa é a medida da capacidade computacional dos mineradores que validam as transações e criam novos blocos na rede, e que se recuperou após a queda causada pela saída dos mineradores chineses, atingindo 150 Hexa Hashes por segundo na semana. A dificuldade de mineração é um parâmetro que ajusta a complexidade dos problemas matemáticos que os mineradores têm que resolver para ganhar as recompensas em Bitcoins, essa se ajustou para baixo em 28%, o que facilita a entrada de novos mineradores e aumenta a rentabilidade da atividade.
Subiu a confiança dos investidores no Bitcoin, que pode ser medido pelo sentimento do mercado e pela rentabilidade dos detentores. Esse sentimento é a percepção dos investidores sobre as condições e as expectativas para o futuro do Bitcoin, e melhorou na semana, passando de um estado de medo para um estado de neutralidade, segundo o índice Fear & Greed. Já a rentabilidade dos detentores é a proporção de Bitcoins que estão em lucro em relação ao preço atual e que também sofreu aumento na semana, chegando a 83%, o que significa que a maioria dos bitcoins está em lucro.
O quinto ponto que quero ressaltar é sobre a liquidez do Bitcoin. A oferta líquida diminuiu nesta semana, indicando redução na pressão vendedora, essa oferta é a quantidade de Bitcoins que estão disponíveis para serem vendidos no mercado, por outro lado a demanda ilíquida subiu no período, mostrando um aumento na acumulação e na retenção dos Bitcoins, por que diz respeito às moedas que foram compradas e retiradas do mercado.
Houve também o aumento da inovação tecnológica no ecossistema do Bitcoin, a rede Lightning que é uma solução de segunda camada que permite transações instantâneas, baratas e escaláveis com Bitcoins, cresceu 23% na semana, atingindo uma capacidade de 2.700 bitcoins e um número de 73 mil nós. E vimos o protocolo Taproot que é uma atualização da rede do Bitcoin que melhora a privacidade, a segurança e a eficiência das transações, avançando na sua ativação, alcançando um consenso de 99% dos mineradores.
Percebemos também o aumento da influência macroeconômica no Bitcoin, que pode ser medido pelo impacto da inflação, das taxas de juros e das políticas monetárias dos principais países. A inflação global atingiu 5,4% em maio de 2023, o maior nível desde 2008. As taxas de juros também subiram em vários países, como os Estados Unidos, o Reino Unido e o Brasil. As políticas monetárias também se tornaram mais restritivas, com os bancos centrais reduzindo os estímulos e aumentando os juros.
Cresceu no período a influência regulatória sobre o mercado cripto, a regulação do Bitcoin avançou, mas variou muito entre os países, com alguns sendo mais favoráveis e outros sendo mais hostis.
Um aumento no grau de conscientização, de educação e de participação da sociedade sobre as criptomoedas, é medido como influência social do Bitcoin avançou no período, com vários eventos, iniciativas e personalidades promovendo e apoiando as criptomoedas. Por exemplo, o Dia Mundial do Bitcoin foi celebrado em 28 de junho, com diversas atividades educativas e comemorativas em todo o mundo.
O décimo, último e importantíssimo ponto a se destacar é o sobre o aumento da influência ambiental do Bitcoin, que pode ser medido pelo grau de impacto, de responsabilidade e de sustentabilidade do Bitcoin sobre o meio ambiente. O impacto é o nível de consumo de energia e de emissão de carbono do Bitcoin. A responsabilidade é o nível de compromisso e de transparência do Bitcoin com as questões ambientais. A sustentabilidade é o nível de eficiência e de inovação do Bitcoin para reduzir e compensar os seus efeitos ambientais. Este dado melhorou significativamente, com vários esforços e avanços para tornar o Bitcoin mais verde e mais limpo. Por exemplo, o Conselho de Mineração do Bitcoin divulgou um relatório mostrando que 56% da energia usada pelos mineradores vem de fontes renováveis.