- A tendência de baixa do bitcoin continua com volume reduzido;
- Expectativas de corte de juros pelo Fed impulsionaram brevemente a criptomoeda para US$ 85.000;
- Resistência-chave entre US$ 83.200 e US$ 83.300 para reversão de tendência.
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O bitcoin mantém sua tendência de baixa, acompanhando o desempenho do mercado cripto como um todo. A recente turbulência nos mercados globais afetou fortemente o setor de criptoativos.
As políticas comerciais de Trump e suas declarações muitas vezes contraditórias dificultam a precificação dos ativos. Nesse ambiente incerto, a aversão ao risco persiste, pressionando o bitcoin para baixo. Além disso, o aumento dos riscos geopolíticos contribui para o desempenho negativo tanto do mercado acionário quanto do setor de criptomoedas. Apesar disso, os dados macroeconômicos desta semana ajudaram a atenuar a queda do bitcoin.
Os números do IPC e do IPP divulgados nos EUA ficaram abaixo das expectativas, proporcionando algum alívio aos mercados. A desaceleração da inflação alimentou especulações sobre uma possível antecipação dos cortes de juros pelo Fed. Até recentemente, havia debates sobre a possibilidade de a autoridade monetária adiar cortes na taxa de juros devido ao receio de que as políticas de Trump pudessem gerar pressões inflacionárias. Como já ocorreu no passado, o mercado cripto segue de perto as decisões do Fed. Historicamente, esse setor se beneficia de períodos expansionistas, enquanto a demanda por criptoativos se retrai durante fases de aperto monetário.
Nos últimos dias, a perspectiva de cortes nos juros nos EUA impactou positivamente os ativos de risco. Após a divulgação do IPC, o bitcoin chegou a subir para US$ 85.000. Ainda assim, declarações cautelosas do Fed e o cenário global instável parecem ter reduzido o apetite dos investidores por estratégias de "buy the dip" (comprar na correção), em comparação com ciclos anteriores. Isso sugere que a pressão vendedora ainda se mantém elevada.
Um aspecto importante da atual tendência de baixa do bitcoin é a redução no volume de negociações. Essa diminuição sinaliza menor participação de investidores, dificultando a sustentação de movimentos de recuperação.
Apesar de algumas narrativas positivas em relação ao setor cripto nos EUA, a incerteza no próprio país segue predominante. Caso um acordo tarifário seja alcançado nos próximos meses ou o mercado passe a precificar melhor os riscos atuais, o bitcoin pode entrar em uma fase de recuperação, possivelmente no segundo semestre. Entretanto, por ora, o risco de novos patamares mínimos permanece no radar.
Perspectiva técnica para o bitcoin
O bitcoin enfrentou sua maior onda vendedora nas últimas duas semanas. Na semana de 24 de fevereiro, o BTC caiu de US$ 96.250 para US$ 78.250 antes de se recuperar e fechar em US$ 94.270. Esse movimento gerou um gap de baixa no gráfico do bitcoin. Na semana seguinte, em 3 de março, a pressão vendedora seguiu intensa, levando o ativo a testar o nível de US$ 80.000 e preenchendo o gap criado anteriormente. Esse comportamento sugere que há uma zona de compra forte entre US$ 78.000 e US$ 80.000.
Nesta semana, o bitcoin tem sido negociado com baixo volume, mas encontrou demanda imediata na faixa de suporte, mesmo após testar o patamar de US$ 76.600. O movimento de alta recente trouxe o preço para uma região crítica.
No gráfico diário, o bitcoin segue dentro de um canal de baixa desde fevereiro. O preço iniciou a semana em US$ 78.500, reagindo ao tocar a base inferior desse canal. No meio da semana, a linha central do canal atuou como resistência para o ativo. A zona de resistência mais próxima está na faixa de US$ 83.200–US$ 83.300, coincidindo com a média móvel exponencial (MME) de 8 dias.
Um fechamento diário acima desse nível pode levar o BTC à banda superior do canal, situada em US$ 86.400 (Fib 0,382). Caso essa resistência seja superada, um rompimento pode indicar uma reversão de tendência, abrindo caminho para uma possível retomada até a faixa de US$ 96.000–US$ 106.000.
Por outro lado, se o bitcoin não conseguir ultrapassar essa primeira resistência nos próximos dias (atualmente entre US$ 83.200 e US$ 83.300), a pressão vendedora pode se intensificar. Nesse cenário, o ativo pode permanecer na zona inferior do canal, com o próximo suporte localizado no nível de retração de Fibonacci 0,618, em US$ 74.000, abaixo de US$ 80.200.
Olhando para o gráfico diário do bitcoin, as médias móveis exponenciais de curto e médio prazo ainda apontam para um viés baixista. O Índice de Força Relativa Estocástico (IFR) está em posição neutra, mas pode indicar tendência de alta caso o ativo feche acima de US$ 83.200. No entanto, um novo teste da região de US$ 80.000 pode ampliar a pressão vendedora e levar a uma nova tentativa de rompimento.