- O bitcoin enfrentou pressão de venda na última semana.
- Atualmente, a cripto está sendo negociada perto de um nível crítico de suporte.
- O cenário mais amplo continua sendo de baixa, e os riscos persistem.
A tendência de alta do bitcoin, iniciada em junho, sofreu um revés na última semana, fazendo com que a cripto recuasse até um importante nível de suporte.
Seu preço encontrou forte demanda na região dos US$ 25.000, onde os compradores entraram em cena e impediram que as vendas continuassem. Isso fez com que o bitcoin se estabilizasse em torno da faixa dos US$ 26.000.
No entanto, olhando para o quadro geral, a falta de compradores suficientes acima desses níveis sugere que o risco de queda ainda existe. Esses níveis atuais já serviram como uma zona de suporte durante a queda mais ampla de abril a junho.
Durante esse período, quando as expectativas de novas baixas para o bitcoin se intensificaram, a notícia do pedido do BlackRock para um ETF de bitcoin interrompeu a queda da moeda digital e a impulsionou até a faixa dos US$ 30.000.
Para o futuro, não há expectativa de que o restante do mês de agosto traga dados que afetem significativamente o bitcoin. O tom mais duro da ata da última reunião de política monetária do banco central dos EUA pesou negativamente sobre a cripto, provocando uma queda. Além disso, o pedido de recuperação judicial da Evergrande (OTC:EGRNY), gigante do mercado imobiliário chinês, nos EUA, diminuiu o apetite de risco global.
Do ponto de vista técnico, estaremos atentos à faixa dos US$ 26.200 para ver se esses dois eventos já foram precificados. Fechamentos diários acima desse patamar podem atrair novos compradores para o mercado.
Além disso, durante a queda, cerca de US$ 1 bilhão em posições futuras foram liquidadas. Isso nos leva a crer que um possível fundo pode estar se formando no curto prazo.
Em 2023, a zona de suporte em US$ 26.000 está sendo muito importante. Porém, se houver seu rompimento, a nova linha de suporte pode se mover para US$ 24.000. A ausência de um catalisador para impulsionar um movimento de alta pode abrir espaço para a continuação da tendência de queda.
Enquanto o preço do bitcoin permanecer abaixo dos US$ 26.200, é provável que possa eventualmente testar o nível de US$ 24.000. Mas antes disso, a próxima linha de suporte em US$ 24.800 entrará em jogo, e se for rompida, a faixa dos US$ 20.800 a US$ 23.000 poderá se tornar um ponto focal.
Para facilitar um possível movimento de alta, é essencial estabelecer uma base acima do nível de US$ 26.200. Posteriormente, se obBitcoin conseguir superar a marca dos US$ 27.300 em seu próximo movimento, poderá sair da tendência de baixa e iniciar um processo de recuperação.
Mesmo que o ETF do bitcoin à vista ainda não tenha sido aprovado, uma decisão positiva ainda pode ter um impacto significativo, especialmente considerando sua esperada liberação em setembro.
Com base nessas análises, parece que poderá haver uma oscilação entre US$ 24.800 e US$ 27.300, sendo US$ 26.200 um ponto de referência chave para as próximas duas semanas.
Nosso monitoramento regular dos indicadores técnicos, o IFR Estocástico atingiu o pico durante o teste do bitcoin em US$ 30.000 neste mês. Atualmente, ele se encontra na zona de sobrevenda no gráfico diário, e esse indicador com tendência de baixa poderia contribuir para a queda enquanto permanecer abaixo de 20.
Além disso, os valores de média móvel exponencial de curto prazo continuam refletindo uma perspectiva pessimista, com um cruzamento reverso.
Outra observação técnica relevante é que o preço do bitcoin acelerou sua tendência de baixa após a formação de um candle diário abaixo da média móvel exponencial de 3 meses. Historicamente, essa média móvel atua como suporte dinâmico desde julho.
Com o preço do bitcoin entrando em território negativo no cenário atual, a cruzada descendente dos valores das médias móveis exponenciais de 8 e 21 dias em relação à de 3 meses implica ainda mais no potencial de queda.
(Tradução de Julio Alves)
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Aviso: Este artigo foi escrito apenas com fins informativos e não constitui qualquer solicitação, oferta, conselho ou recomendação de investimento, não tendo por objetivo incentivar a compra de ativos de nenhuma forma.