- O bitcoin enfrenta resistência ao atingir US$59.000, mas pode avançar para US$65.000 se romper esse patamar.
- O suporte crucial em US$55.800 é vital; uma queda abaixo desse nível pode levar a novas desvalorizações.
- A volatilidade pode aumentar devido a dados macroeconômicos, em meio à especulação sobre cortes nas taxas de juros.
A recente tendência de baixa do bitcoin parece estar perdendo força, com o aumento da demanda nesta semana. A criptomoeda testou o suporte no limite inferior de seu canal descendente pela quarta vez desde março.
O limite inferior do canal havia se estreitado nos últimos seis meses, conforme indicado pelas linhas tracejadas no gráfico. Contudo, expandiu-se nos meses recentes devido às quedas de preço.
A recuperação no início desta semana segue uma linha de tendência ascendente iniciada em setembro de 2023. Embora essa linha tenha perdido relevância durante o crescimento exponencial do bitcoin no início do ano, retomou importância como nível de suporte na correção atual.
Continuaremos a observar essa linha de tendência ascendente como suporte chave nos próximos dias.
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Possíveis cenários para o bitcoin
O impulso positivo do bitcoin nesta semana encontra resistência próxima a US$57.900, onde a média móvel exponencial de 21 dias (MME21) atua como barreira dinâmica.
O IFR estocástico, agora em território de sobrecompra, indica uma possível desaceleração na pressão compradora. As negociações no fim de semana podem testar novamente o nível de US$58.000. Entretanto, sem um novo impulso comprador, pode ocorrer realização de lucros após os ganhos recentes.
Se a realização de lucros levar o bitcoin abaixo de US$58.000, o nível de US$55.800 torna-se crucial. Este preço está na interseção da banda inferior do canal descendente e da tendência de alta de médio prazo. Manter-se acima desse nível pode preparar o terreno para um movimento ascendente mais forte.
Se o bitcoin romper a linha média do canal em US$59.000 com volume forte após um possível declínio para US$55.800, poderemos observar um rali semelhante ao de maio, potencialmente alcançando US$65.000.
Os indicadores técnicos atuais e as médias móveis refletem a ação de preço do início de maio, sugerindo uma possível alta até US$65.000. Contudo, o nível de US$61.000 pode atuar como resistência intermediária.
Dada a volatilidade do bitcoin, reações significativas frequentemente ocorrem em níveis de suporte e resistência intermediários, como observado com as compras de reação na faixa de US$53.500 a US$54.500 na semana passada.
Cenário de baixa
Se o bitcoin não mantiver o momentum em US$58.000 e perder o suporte em US$55.800, pode recuar para a faixa de US$53.000 a US$53.500, alinhando-se com a banda inferior do canal e o suporte de Fibonacci de 0,618. Uma quebra abaixo desse nível apontaria para US$48.300, suportado pelo Fibonacci de 0,786, com suporte intermediário em torno de US$50.000.
Fatores macroeconômicos impactando o bitcoin
Os eventos macroeconômicos desta semana, incluindo os dados de IPC e PPI dos EUA, pedidos de auxílio-desemprego e a decisão de taxa de juros do BCE, em grande parte corresponderam às expectativas, apoiando uma alta moderada do bitcoin. No entanto, o foco do mercado mudou para a potencial redução de 25 pontos-base na taxa do Fed em 18 de setembro devido à inflação subjacente persistente, o que limitou a recuperação.
Os dados de vendas no varejo, programados para serem divulgados no dia anterior à decisão do Fed, serão cruciais. Um número alinhado com a expectativa de 0,2% poderia reforçar o otimismo do mercado. No entanto, as expectativas estão inclinadas para um modesto corte de taxa, já precificado pelo mercado. Após a decisão, os investidores buscarão orientações sobre as projeções do Fed para o restante do ano, o que pode iniciar uma nova fase de ajustes de mercado com base nas declarações de Powell.