Billions talvez seja um dos melhores exemplos de séries de televisão (e streaming) sobre mercado financeiro já produzidos pela indústria do audiovisual. A história gira em torno de dois personagens principais, Bobby Axelrod, um brilhante gestor de fundos, e Chuck Rhoades, um competente procurador dos Estados Unidos.
Ambos vivem em uma briga de gato x rato com perseguições, chantagens e toda a sorte de comportamentos antiéticos.
Chuck acredita que Bobby faz operações ilegais no mercado financeiro, o que é verdade. Porém, o poder do dinheiro faz com que o gestor seja praticamente intocável pelas autoridades.
E toda a história gira em torno dessa ideia, com idas e vindas. Contudo, a série trata, em essência, de uma ampla gama de comportamentos e estratégias de investimentos.
Embora seja ficção, o conteúdo oferece uma série de lições para os investidores, sejam eles iniciantes ou até mesmo profissionais.
Um dos pontos muito frisados por Axelrod diz respeito à gestão dos riscos. Em diversas passagens, o personagem cobra uma profunda análise de situações da vida cotidiana e dos mercados para a tomada de decisão.
Em outras palavras, ele não dá ponto sem nó. Todas as suas jogadas estão baseadas em um racional que, por vezes, envolve algum tipo de atitude ilícita, mas, ainda assim, nos diz que o processo de investimentos deve ser seguido de uma tese válida.
O mesmo comportamento pode ser visto do lado de Chuck Rhoades, um hábil jogador de xadrez que também observa cada uma de suas ações com calma antes de agir.
Ele sabe que, diante de um adversário poderoso como o dono da Axe Capital, qualquer erro pode ser fatal.
A série também explora a questão da psicologia no mercado. Esposa de Chuck e coach de AxelRod, Wendy Rhoades talvez seja uma das personagens femininas mais admiradas dos últimos anos, especialmente, por conta de sua posição no meio do conflito entre o marido e o chefe.
É ela quem, na maioria das vezes, está por trás da tomada de decisões de ambos, com ideias de encorajamento e confiança. Psicóloga, a personagem ajuda operadores de mercado e todos à sua volta com a obtenção de melhores resultados e cultura positiva dentro da companhia.
Wendy mostra como o fator humano é decisivo para os investimentos
Outro ponto bastante discutido, especialmente, com a entrada do analista Taylor Mason, é a questão da diversificação de portfólio.
Podemos observar que o gestor busca participações em companhias de saúde, tecnologia, energia, esportes, commodities e outros tantos.
Em várias ocasiões as decisões de montagem de carteira são tomadas com base em ativos descorrelacionados, o que nos deixa mais uma lição importante para o sucesso no mercado.
Por fim, vale dizer que a série, por vezes, dramatiza e exagera em diversas questões sobre o mercado, o que é de se esperar uma vez que se trata de uma obra de ficção.
Contudo, ela nos dá uma ideia de como Wall Street e as bolsas ao redor do mundo funcionam e oferece uma bagagem a mais para o investidor iniciante, que, vale lembrar, deve buscar orientação e estudar para poder evoluir.
Pense nisso!
Bons negócios!