Nesta semana, o par euro / dólar continua a se recuperar do choque que sofreu semana passada em relação à votação no Reino Unido sobre a permanência do país na União Europeia. Os traders vêm abrindo poucas novas posições longas pelo terceiro dia consecutivo, uma vez que o cenário internacional envolvendo o euro está confuso. Exemplo disto é a publicação de comentários do Banco Central Europeu a respeito de que o regulador não pretende suavizar a política monetária após o resultado do referendo britânico. Ao mesmo tempo, a Comunidade Europeia considera que o Reino Unido deve conduzir o mais rápido possível suas negociações formais sobre retirada da UE. Pelo menos assim diz a chanceler alemã, Angela Merkel.
Aparentemente a União Europeia demonstra interesse no avanço dos trabalhos, uma vez que somente no quarto trimestre deste ano o novo primeiro-ministro do Reino Unido poderá, com base no artigo 50º do Tratado CE, iniciar o procedimento da saída do país. Em seguida surgirá uma janela de dois anos para realizar todas as negociações necessárias. Por que então esta pressa agora? Em nossa opinião, a UE precisava de um pretexto forte para conduzir incentivos maciços nas economias com problemas financeiros, e o motivo do referendo é um fortíssimo motivo de convencimento.
Agora, os investidores estarão inclinados a esperar de Berlin as diretivas para a retomada do crescimento econômico na união. Com o cenário econômico alemão, haverá perspectiva de redução dos riscos da saída britânica, pelo menos ligados à flutuação cambial do euro. livre da natação.
Nesta quinta-feira (30.06), o par euro/dólar vem sendo negociado a 1,1110. O instrumento poderá subir para 1,1150, mas será necessário novos drives até o fim do dia, durante a sessão norte-americana. A demanda por dólar, que nos últimos dias fortaleceu a reputação de "porto seguro" caiu, todavia a especulação sobre a reunião de julho do Federal Reserve contiua, afetando negativamente a moeda americana.