A primeira grande decisão de juros da semana veio, com a manutenção das taxas prime de 1 e 5 anos pelo Banco Popular da China (PBoC), dentro das expectativas dos analistas, enquanto a ata da última reunião do Reserve Bank of Australia (RBA) citou menores elevações de juros e ancoragem das expectativas de inflação.
No Japão, dados relativamente dispersos de inflação demostram que a energia continua a ser o maior peso nas pressões de preços e pode continuar assim, apesar da queda do preço do barril do petróleo.
Os mercados ontem tiveram um movimento surpreendente, após uma abertura pesada dos ativos e volatilidade, o ritmo de ganho superou a percepção que se criou na abertura e no mercado local, a observação de um ministério da economia com Meirelles num possível governo lula incrementou os negócios.
Não houve absolutamente nenhum anúncio formal, somente um encontro de ex-candidatos à presidência, onde Meirelles compareceu e na carência por qualquer plano econômico decente, aliás, por um plano econômico e por nomes para a equipe, o mercado se agarrou ao nome do ex-ministro, com passagens de sucesso no governo.
Este é o nível de carência de parte do mercado financeiro por uma sinalização daquele que hoje, está à frente nas pesquisas, mas se recusa em anunciar as reais intenções na economia e nomes para compor o ministério mais importante para os investidores, ou seja, ainda é um total “tiro no escuro”.
Isso em si, gerou o descolamento do mercado local, com a bolsa subindo acima de grande parte dos mercados internacionais e inclusive, levando tal momentum para os resultados dos mercados asiáticos.
Todavia, a cautela tende novamente a retornar no primeiro dia da reunião do FOMC e localmente, adicionado pelo primeiro dia de reunião do COPOM, onde direções opostas de juros devem ser anunciadas, em meio aos diferentes desafios enfrentados por cada país.
O dia se completa hoje com os dados de casas iniciadas e permissões para construção nos EUA, drivers importantes para os próximos movimentos do Fed, em meio aos desafios de equilibrar dados de atividade econômica em franca descompressão, mercado de trabalho aquecido e inflação elevada.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, no primeiro dia de reuniões de política monetária.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, seguindo o ímpeto de NY, com a manutenção de juros na China e inflação no Japão.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto platina.
O petróleo cai em Londres e em Nova York, com temores de que a elevação de juros do Fed possa levar à recessão.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,37%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1694 / -1,60 %
Euro / Dólar : US$ 1,00 / -0,140%
Dólar / Yen : ¥ 143,71 / 0,342%
Libra / Dólar : US$ 1,14 / -0,114%
Dólar Fut. (1 m) : 5189,00 / -1,74 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,80 % aa (-0,03%)
DI - Janeiro 24: 13,23 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 26: 11,67 % aa (-1,02%)
DI - Janeiro 27: 11,58 % aa (-1,07%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 2,3275% / 111.824 pontos
Dow Jones: 0,6400% / 31.020 pontos
Nasdaq: 0,7566% / 11.535 pontos
Nikkei: 0,44% / 27.688 pontos
Hang Seng: 1,16% / 18.781 pontos
ASX 200: 1,29% / 6.806 pontos
ABERTURA
DAX: -0,741% / 12708,42 pontos
CAC 40: -0,858% / 6009,59 pontos
FTSE: -0,206% / 7221,77 pontos
Ibov. Fut.: 2,51% / 112896,00 pontos
S&P Fut.: -0,49% / 3898 pontos
Nasdaq Fut.: -0,449% / 11952,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,30% / 117,22 ptos
Petróleo WTI: -0,27% / $85,50
Petróleo Brent: 0,01% / $92,01
Ouro: -0,49% / $1.666,66
Minério de Ferro: -1,03% / $96,05
Soja: 0,14% / $1.460,50
Milho: 0,66% / $681,50
Café: 2,75% / $224,05
Açúcar: -0,06% / $17,71